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Enviada em: 26/05/2019

No Brasil, a mobilidade urbana é um desafio atual na sociedade. Nesse cenário é possível notar que o privilégio fornecido ao transporte individual, como carros e motos, dificulta o deslocamento no espaço urbano. Ademais, o transporte público tornou-se incapaz, defasado e insuficiente em atender a população, criando caos nas médias e grandes cidades.       Historicamente, o país sofre com o modelo rodoviarista e a indústria automobilística implantados na década de 50. Segundo dados de uma pesquisa realizada em 2016 pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a frota de automóveis cresceu cerca de 400% em 10 anos. Na última década, o Governo reduziu impostos e taxas de veículos, o que encorajou os cidadãos a comprar transportes individuais, produzindo um demasiado inchaço e engarrafamentos nas grandes cidades brasileiras. Assim, a opção pelo deslocamento pessoal sobrecarrega o espaço viário, limita o fluxo da rodovia e polui o ambiente, sendo causa de inúmeros problemas respiratórios na população.       Outrossim, o transporte coletivo é fraco e insatisfatório para atender à demanda populacional. De modo geral, as passagens vêm se tornando mais caras a cada ano, os ônibus e metrôs estão frequentemente lotados ocasionando grande tempo de espera nos pontos e linhas, respectivamente, os veículos se encontram em más condições de circulação, além da poluição ambiental que provocam. Assim, a ausência de políticas públicas para melhorar e aumentar a oferta de transportes coletivos resulta na busca pelo transporte individual o qual inviabiliza a mobilidade urbana.       Fica claro, portanto, que realizar modificações na estrutura rodoviária é essencial para melhorar a mobilidade urbana no país. Desse modo, cabe ao Governo Federal em parceria com Estados e municípios implantar a prática sustentável na sociedade que consiste na introdução de veículos sobre trilhos, como metrôs e trens de superfície, integrar ao centro urbano ônibus que usam energia limpa com combustíveis alternativos e elaborar ciclovias e ciclofaixas. É necessário, ainda, fiscalização mais rígida do rodízio de carros nas grandes cidades, por meio de radares e agentes de trânsito mediante aplicação de multas aos cidadãos que cometerem a infração. Isto posto, a mobilidade urbana se desenvolve e a poluição ambiental decresce.