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Enviada em: 01/05/2019

De acordo com o sociólogo Émilie Durkheim, a sociedade pode ser comparada a um "corpo biológico" por ser, assim como esse, composta por partes que interagem entre si. Desse modo, para que esse organismo seja igualitário e coeso, é necessário que todos os direitos dos cidadãos sejam garantidos. Contudo, no Brasil isso não ocorre, pois em pleno século XXI, ainda enfrenta-se grandes dificuldades de locomoção dos indivíduos e elevado índice de poluição ambiental devido a grande emissão de gases poluentes por parte dos veículos. Esse quadro persiste intrinsecamente como subproduto da falta de eficiência nos transportes públicos e pela má elaboração das vias de trânsito.       Esse cenário de ineficiência dos transportes públicos explica-se pelo fato de que, na atual conjuntura social brasileira, o transporte público possui baixa infraestrutura e com isso não consegue atender a grande demanda da população usuária deste meio de transporte. Dessa forma, como se faz muito desgastante a locomoção através dos transportes públicos, muitos indivíduos optam por utilizar seus carros particulares. Aumentando assim, o índice de poluição ambiental e acarretando maior congestionamento no trânsito e desgaste físico e mental da população quanto ao seu deslocamento, diante do grande fluxo de veículos.         De fato um dos motivos de grande parte de população optar pelo uso de seus veículos particulares ao invés de outro meio alternativo de locomoção, como por exemplo: bicicletas ou caminhadas, está ligado à má elaboração das vias de trânsito. Contemporaneamente, as vias de trânsito existentes no país não possuem uma ciclovia e as calçadas - onde deveria ser uma opção de espaço para a caminhada - estão precárias. Implicando, assim na escolha de uma locomoção mais sustentável que ajuda na diminuição da poluição ambiental e faz bem a saúde, pois é uma forma de praticar um exercício diário.         A fim de combater o grave cenário da mobilidade urbana no Brasil, e construir nas mínimas expressões, uma sociedade pautada em adquirir seus direitos de uma boa locomoção, o Poder Executivo Federal, conjunto aos Governadores Estaduais e Municipais, deve promover - a partir de expressivos esforços operacionais e orçamentais - a melhoria das vias de trânsito, da infraestrutura dos transportes públicos e políticas de incentivo a escolhas de meios de transporte alternativos menos poluentes e mais sustentáveis. Para que, assim a poluição do meio ambiente seja minimizada e a população obtenha melhoria na qualidade de seu deslocamento.