Materiais:
Enviada em: 07/05/2019

A mobilidade urbana pode ser definida como todas as formas e meios que a população de uma metrópole usa para se locomover, de forma facilitada e eficaz. Além disso, a Lei 12.586/12 - conhecida como a lei da Mobilidade Urbana -, obriga todos os centros urbanos a tornar propício o uso de meios de transportes públicos, por meio da melhora desses e estabelecendo um preço adequado. No entanto, na conjuntura atual, o Brasil se encontra em uma realidade contraditória aos pontos mencionados, uma vez que o trânsito acumula mais veículos pessoais do que a sua capacidade, causando, assim, um inchaço metropolitano com consequências diversas.    É imprescindível levar em conta as causas do aumento demasiado de veículos nas ruas das grandes cidades. Logo, ressalta-se a banalização, por parte do governo, com o transporte público, o qual enfrenta diversas dificuldades cotidianas, destacando-se a falta de um número adequado de veículos para atender grandes centros urbanos, bem como o tratamento precário recebido por esses transportes. Outrossim, segundo o Denatran, em dez anos, a proporção de cidadãos por carro diminuiu de 7,4 para 4,4 pessoas por automóvel, evidenciando uma maior procura por veículos, por parte da população, com o intuito de evitar o uso de transportes públicos de má qualidade. Essa situação se destaca em São Paulo, onde as pessoas buscaram adquirir carros com placas com finais diferentes a fim de não serem impedidas de transitarem, por conta do rodízio de placas instituído na cidade.    Vale também ressaltar as consequências de um centro urbano com uma frota de veículos demasiada e preocupante. Com grandes congestionamentos, é evidente o surgimento de diversos problemas ambientais, tal como o aumento de lixo automotivo, como pneus e peças, que muitas vezes são jogados em rios e causam uma piora ambiental a longo prazo. Atrelados a isso, destacam-se os problemas sociais a curto prazo, como a poluição sonora, a qual atrapalha o andamento e o dia a dia de hospitais e empresas. Somando-se a isso, salienta-se o acréscimo de estresse diário em motoristas que passam muitas horas em um trânsito desnecessário e de fácil solução, a qual é banalizada e ignorada. Esse tempo gasto, segundo o Ibope, chega a ser de até 3 horas por dia, na capital paulistana.    Portanto, é necessária a procura por uma solução para essa problemática. Com o intuito de aumentar a escolha, por parte da população, por transportes públicos, é preciso que o Ministério da Infraestrutura aumente seus investimentos em ônibus e metrôs de grandes centros urbanos. Esse investimento seria de forma periódica, bem como a fiscalização por parte de agentes - e da população -, a fim de sinalizarem as necessidades de cada cenário. Esse investimento visaria a melhora da qualidade da mobilidade urbana e a diminuição do uso de carros particulares que causam poluição.