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Enviada em: 12/05/2019

A filósofa Hannah Arendt caracterizou como o pior dos males: aquilo que é tido como banal e corriqueiro, de modo a passar despercebido. Esse pensamento está ligado à realidade brasileira no que tange à persistente crise de mobilidade urbana enfrentada pelo país. Logo, é indubitável que tal situação precisa ser enfrentada de forma mais organizada pela sociedade. Nesse sentido, convém analisarmos os principais pontos dessa adversidade.              De início, cabe ressaltar que as dificuldades para trafegar nas rodovias de todo país persiste intrinsecamente relacionada a negligência governamental. Nesse sentido, a falta numérica de estradas impossibilita que a grande quantidade de veículos, existentes no Brasil, trafegue com qualidade, o que acaba gerando engarrafamentos nos grandes centros e impedindo a circulação rápida dos indivíduos no seu cotidiano. Dessa forma, evidencia - se a prática da regulamentação desse cenário como forma de combate à problemática.       Além disso, a falta de transporte público de qualidade funciona como fato determinante para o crescimento da crise de mobilidade urbana. Sobre isso, uma pesquisa realizada pela Folha de São Paulo mostra que cerca de 3 em cada 5 pessoas não possuem transporte individual. Essa análise, evidencia que uma parte significativa da população ainda depende dos meios oferecidos pelo governo para se locomover e na falta deles, passam a ser prejudicados. Logo, é inaceitável que o governo de um país não tome iniciativas de investimentos quanto a situação mencionada.        Fica claro, portanto, que para promover a diminuição do pior dos males, citado por Hannah Arendt, medidas precisam ser colocadas em prática. Para isso, o Ministério do Transporte, responsável pelo desenvolvimento da mobilidade urbana do país, deve criar projetos que visem tanto a construção de estradas nas várias regiões brasileiras, como também, condicionar investimentos em transportes públicos de qualidade, por meio de iniciativas públicas e privadas, com auxílio financeiro do Governo e ajuda da mídia (referente a informação). Espera - se, com isso, garantir o pleno apoio a população que necessita de meios de circulação e amenizar a crise de mobilidade urbano no Brasil.