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Enviada em: 07/08/2019

Do ano de 2017 para 2018, a frota de veículos no Brasil, cresceu 1,2%, conforme afirma o portal de notícias G1. No entanto, apesar desse  crescimento ser favorável para a indústria automobilística, o aumento do número de automóveis nas ruas é um problema para o país, uma vez que isso provoca a imobilidade urbana e, consequentemente, a baixa qualidade de vida. Nesse sentido, convém analisar  principais as causas dessa chaga social.     Em primeiro lugar,  destaca-se que a herança histórica da política rodoviária do país trás marcas no cenário da mobilidade urbana. Visto que, durante o governo de Juscelino Kubitschek, no final da década de 1950, o rodoviarismo foi implementado de forma contundente, abandonando a implantação de outros modais. Em decorrência de tal prática, o apoio ao transporte de massa, como o ferroviário e  o metropolitano foram desprezados. Desse maneira, fica claro como a herança histórica contribui, incontestavelmente, com a imobilidade urbana vigente no Brasil, pois ela induz o aumento do número de veículos.     Outrossim, ressalta-se a questão da alienação midiática como impulsionadora. Isso acontece porque, de acordo com o sociólogo Pierre de Bourdieu, as visões sociais são controladas pela agência de comunicação, como a mídia. Sob esse viés, evidencia-se tal controle por meio das propagandas, na qual mostra pessoas sorridentes e felizes dirigindo os carros. Desse modo, fica claro como a mídia consegue alienar as pessoas e passar um visão positiva do carro próprio, contudo, ela negligencia os problemas provocados pelo aumento de veículos, como a imobilidade urbana.      Portanto, com o objetivo de atenuar a problemática, cabe ao Governo Federal propor incentivos econômicos para o desenvolvimento de outros modais de transporte, como o ferroviário, isso deve ser feito por meio do poder legislativo, a fim de que a população tem diferentes possibilidades de transporte. Ademais, é dever da mídia evitar que propagadas de caráter alienador seja transmitido para as pessoas, com o intuito de diminuir a quantidade de carros nas ruas e o seus efeitos, como a imobilidade urbana.