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Enviada em: 01/06/2019

Ao analisar a historicidade, a criação de grandes centros urbanos, surgiu da necessidade de cidades como Rio de Janeiro e São Paulo de modernizarem-se. No entanto, os processos de urbanização ocorridos no Brasil não souberam conciliar modelos desenvolvimentistas com planos sustentáveis. Esse fato pode ser percebido, atualmente, sobre a mobilidade urbana caótica no país, que não só não houve investimentos na melhoria dos transportes públicos, como também continua a reproduzir modelos anacrônicos de desenvolvimento, visto que ainda contempla o veículo unitário automotivo em detrimento de outros moldais de transporte. Desse modo, é pertinente reavaliar a percepção de desenvolvimento perpassada ao longo da história, bem como as consequências que esse fato implicou.   Convém ressaltar, a princípio, que as políticas governamentais ao longo da história, sempre deram maior ênfase ao transporte rodoviário individual. Isso pode ser comprovado, quando se menciona, os governos de Washington Luís e "JK", que enquanto o primeiro priorizou a abertura da malha rodoviária, pois acreditava-se que com a abertura de novas estradas significava maior desenvolvimento para o país, o segundo deu maior destaque para adquisição de automóveis ao diminuir os impostos sobre esse produto. Nesse contexto, na contemporaneidade, a frota de veículos brasileira cresceu 400% em dez anos, de acordo com a FGV (Fundação Getúlio Vargas), evidenciando uma supervalorização do automóvel no decorrer dos anos. Nesse sentido, nota-se que ao seguir esses modelos anacrônicos de desenvolvimento só sobrecarregam o espaço urbano e impedem a plena mobilidade.   Em vista disso, com a ausência de incentivos e melhorias nos transportes coletivos, bem como a incapacidade de  adaptar os espaços citadinos para contemplar novos moldais de baixo impacto ambiental, tem levado ao fenômeno de caos urbano, afetando de forma significativa o cidadão. A exemplo disso, é a cidade de São paulo que, segundo o jornal o Globo, o paulistano gasta em média 45 dias do ano preso no trânsito. Nesse viés, os indivíduos ficam suscetíveis a gases nocivos à saúde, além da própria poluição sonora. Logo, contemplar os transportes alternativos não seria somente uma forma de melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, mas também diminuir a poluição ambiental.    Portanto, percebe-se, que para vencer essa herança histórica "rodoviarista",deve-se fazer com que os espaços urbanos sejam adaptados à diversidade de novos transportes. Para tanto, o Governo Federal deveria investir em transportes como a bicicleta, através da construção de ciclovias e ciclofaixas, além de promover com a ajuda da mídia ao uso desta. além disso, investir no transporte coletivo, como o aumento da frota de ônibus e metrôs, diminuindo,dessa forma, os transtornos no trânsito e beneficiando a livre circulação de pessoas. Pois, priorizar estradas e carros não é sinônimo de desenvolvimento.