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Enviada em: 21/05/2019

“ No meio do caminho tinha uma pedra...”. O verso extraído do poema de Drummond de Andrade retrata uma pedra, entretanto, a realidade rodoviária urbana conta com verdadeiras crateras na pista ou montanhas de lixo em calçadas. Dessa forma, a ineficácia dos serviços de infraestrutura impede a garantia de condições mínimas para os habitantes.  Em primeiro plano, o Brasil tem como modal de transporte principal, o rodoviário, ou seja, suas cargas são transportadas em estradas. No entanto, o bom funcionamento esperado para tornar o transporte eficiente não é observado. Devido a isso, as condições das pistas não só atrasam a entrega, bem como provocam intensos engarrafamentos que reduzem a qualidade de vida da população por passar longas horas em transportes.  Paralelamente a isso, passagens para pedestres também sofrem obstrução. Ademais, as calçadas possuem o dobro de obstáculos, tanto a falta de manutenção, tal qual a das rodovias, como também o acúmulo de lixo não retirado ou jogado pelos motoristas e pedestres. Desse modo, a circulação urbana fica comprometida e o baixo saneamento das ruas causam insalubridade.   Portanto, fica evidente que a insuficiência dos serviços públicos, bem como o mal comportamento populacional depreciam a mobilidade. Para reverter essa situação, o Ministério da Infraestrutura deve estabelecer um plano com as prefeituras das cidades a fim de traçar um projeto de reforma e uniformização das vias para diminuir o tempo gasto nas viagens. Além disso, cabe a população exigir seu direito de saneamento às autoridades bem como cumprir seu dever de cooperar com o Poder público e descartar corretamente o lixo. Assim, no lugar da pedra de Drummond, haverá um caminho livre para a “urbem”.