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Enviada em: 23/05/2019

No século XX, o engenheiro Pereira Passos  liderou um processo de reformas urbanas no Rio de Janeiro visando alcançar padrões parisienses.  De modo análogo, posteriormente, os ex-presidentes Washington Luiz e Juscelino Kubitschek foram responsáveis por construções de rodovias e indústrias automobilísticas. Contudo, apesar dos avanços rodoviários, problemas como exclusão de zonas periféricas e negligência aos ciclistas e pedestres persistem. Diante disso, nota-se que a mobilidade urbana do Brasil é mal estruturada e sem planejamento.         Em uma primeira análise, com o processo de urbanização, parte da população deslocou-se para as cidades em busca de empregos. Todavia, o desamparo estatal facilitou a favelização e exclusão de áreas rurais. Tal ocorrido pode ser corroborado com a obra naturalista "O cortiço", uma vez que Aluísio narra o personagem Jerônimo que vive em uma casa compartilhada sob condições de extrema pobreza e ausência de higiene, com o intuito de estar perto do  centralizado ambiente laboral.  Sendo assim,  é notória que a falta de assistência no interior é um problema de modalidade, dado que áreas periféricas não são integradas, contribuindo assim, para o crescimento desordenado de comunidades.       Ademais, o projeto ambiental desenvolvido por pesquisadores do ITA e USP denominado Brasil 2040 afirma que o efeito estufa tornar-se-á demasiadamente intenso , reduzindo o índice pluviométrico.  Entretanto, os pedestres e ciclistas são importantes contribuintes na liberação de dióxido de carbono. Paralelamente a isso, tais núcleos sociais são frequentemente desrespeitados por motoristas. Em 2017, um baikero foi atropelado por um condutor de carro que estava indo na contramão. Logo, é evidente que a desconsideração por tais indivíduos gera fortes consequências como falta de consciência no trânsito e grandes impactos ambientais.             Dessa forma, para combater as carências da mobilidade urbana, é necessário que o Estado desenvolva projetos econômicos como incentivos fiscais em áreas desvalorizados, posto que as indústrias sentir-se-ão incentivadas a produzirem em tais localizações, auxiliando na integração da zona rural e também em empregos. Além disso, é fundamental que o Ministério da Justiça enrijeça as punições aos motoristas que desrespeitam os pedestres e ciclistas. Tal medida auxiliará no processo de redução de problemas ambientais e incentivará o respeito à essa minoria, evitando que mais casos como o de 2017 persistam.