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Enviada em: 03/06/2019

O artigo 6º da Constituição brasileira de 1988 descreve os direitos sociais de todos os cidadão como saúde e educação, e entre esses está incluso o direito ao transporte. Apesar disso, o Estado tem certa dificuldade para garantir a todos esse direito, sobretudo nas grandes cidades onde o transporte público de má qualidade e a supervalorização do transporte individual são apenas dois de diversos fatores que acarretam na baixa mobilidade urbana, um problema que deve ser superado por ter impacto direto na vida de brasileiros que vivem atualmente em metrópoles.    A mobilidade urbana tem por definição deslocamento facilitado e prático, entretanto essa não é a realidade de pessoas que vivem em centros urbanos no contexto contemporâneo. Milhares de pessoas dependem do transporte público, porém este nem sempre atende às expectativas da população. Segundo dados do Metro da cidade de São Paulo, cerca de três milhões de passageiros usam esse meio de transporte para se locomover diariamente, sendo que o número de vagões são menores que a demanda, causando uma superlotação no transporte subterrâneo. Os problemas também são observados nos transportes públicos terrestres, como os ônibus, que além de enfrentar superlotação, as frotas constantemente têm atrasos nas partidas e chegadas previstas, o que compromete e atrapalha o compromisso das pessoas que dependem desse meio de transporte. Logo, a superlotação e atrasos dos transportes coletivos têm impactos negativos na mobilidade urbana.    Contudo, a má qualidade dos transportes públicos acarreta um problema ainda maior: a supervalorização do meio de transporte individual, mais precisamente, os carros. Buscando conforto que não encontram nos transportes públicos, cada vez mais moradores de grandes cidades optam por transitarem com veículos de pequeno porte. Todavia, o crescente número de veículos nos últimos anos tem como resultado congestionamentos  quilométricos, que causa impactos negativos tanto na vida humana com estresse, como impactos no meio ambiente, com maior taxa de emissão de gases que contribuem com o aquecimento global, como o CO2. Assim, a baixa mobilidade urbana enfrentada hoje no Brasil têm efeitos negativos na saúde da população e no meio ambiente.   Sendo assim, nota-se que a mobilidade urbana é um problema nas cidades brasileiras, e precisa ser superado. Os prefeitos, responsáveis pelo transporte nas cidades, podem ampliar projetos como faixas preferenciais para ônibus para que aqueles que optem pelo transporte público tenham preferência no trânsito, além de aumentar o número de ônibus nas frotas com o propósito tentar evitar a superlotação. O poder estadual também pode implantar pedágios nos centros urbanos, a fim de reduzir o congestionamento e diminuir os efeitos ambientais provocados pelo alto número de carros.