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Enviada em: 10/07/2019

Durante a República Populista, Collor de Mello por meio do "Plano Collor" buscou a rápida e intensa industrialização automobilística, tornando possível a locomoção em curto espaço de tempo. Entretanto, elevado número de carros nas vias públicas e pouco investimento governamental são fatores que contribui, hoje, para não somente o agravamento do efeito estufa, mas também para a precariedade das estradas brasileiras. Assim, evidencia-se a necessidade de promover uma análise crítica acerca dos avanços e dos obstáculos enfrentados pelos usuários para uma possível solução da problemática.      A princípio, vale ressaltar a facilidade em locomover-se nos dias atuais. Zygmunt Bauman, importante sociólogo polonês, afirmava que a sociedade moderna - também chamada por ele como "Sociedade Líquida" - está em constante mudança. Tal assertiva faz referência aos projetos sociais que vão de encontro com o desenvolvimento das cidades, dentre os quais se destaca o Plano de Mobilidade Urbana adotada por alguns estados nacionais, cujo objetivo é tornar prático e fluido o movimento de pessoas. Nesse sentido, no ano de 2013, o acesso aos transportes públicos com qualidade passaram a ser um direito social, por exemplo, utilizar metrô, ônibus e trens - veículos mais utilizados pelos brasileiros - faz parte da Constituição Federal e deve ser inclusa no cotidiano do cidadão, bem como é dever do governo mantê-los capazes de atender com conforto ampla população .      Ademais, é indispensável destacar os desafios enfrentados pelos indivíduos durante o deslocamento nas grandes cidades. Os veículos individuais  são constantemente adquiridos, já que os veículos públicos estão com alto custo por passagem, excesso de passageiros e poucas modificações estruturais. Nesse sentido, segundo dados do site Akatu, 50 carros populares emitem cerca de dez mil gramas de CO2 na atmosfera - problema que agrava o efeito estufa, enquanto um ônibus emite cerca de 200 gramas transportando o mesmo número de pessoas. Dessa forma, por não houver recursos do governo direcionados à manutenção dos transportes públicos e, possivelmente, para o aumento da frota, o indicie de carros nas ruas será maior e, assim, agravará os problemas ambientais existentes.    Infere-se, portanto, que o descaso dos agentes sociais com a mobilidade urbana limita a livre circulação sustentável dos seus usuários. O Ministério do Meio Ambiente, órgão que protege a natureza nacional, deve criar junto às plataformas digitais anúncios visuais e sonoras - com linguagem clara e apelativa - para convencer o receptor a optar por maior uso de veículos coletivos para uma menor emissão de gases poluidores. Ademais, para que tal ação seja efetiva, é necessário que o Ministério da Infraestrutura aumente a frota de ônibus públicos de qualidade com baixa tarifa nas passagens. Enfim, a partir dessas ações, como dito por Martin Luther King: " toda hora é hora de fazer o que é certo".