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Enviada em: 08/07/2019

A intermodalidade é o uso conjugado de diferentes meios de transporte em espaços urbanos. É possível afirmar que a mobilidade de pessoas e serviços é a chave para o desenvolvimento e integração regional e nacional. Entretanto, os modais de transporte urbano no Brasil são restritos em diversificação e eficiência. Sobre isso, convém analisarmos quais são as consequências socioeconômicas para o país rodoviário.   Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, menos de 10% dos municípios no Brasil apresentam plano de integração de transportes públicos. Em contrapartida, o meio rodoviário que é, comprovadamente, o modal mais oneroso para os cofres públicos, predomina com cerca de 60%. Como efeito, a mobilidade rodoviária nas grandes cidades torna-se, a longo prazo, um prejuízo não somente para os governos, como também para a sociedade, visto que, é constatado que cada brasileiro perde em média duas horas e meia por dia para se deslocar.    Por conseguinte, ainda sobre a política rodoviária brasileira, somado a concentração de cerca de 75% da população brasileira em centros urbanos, têm-se a preferência por automóveis particulares, saturando ainda mais o fluxo de trânsito nas cidades. Tendo em vista o aumento da circulação de carros e motos, segundo o Instituto de Pesquisas Econômicas, quase 60% dos poluentes urbanos são emitidos por veículos. Comprovando-se o prejuízo ambiental e ameaça à saúde pública. Tal prejuízo, poderia ser atenuado se houvesse o investimento na diversificação de modais de transporte público, como metrôs, hidrovias e ciclovias.    Nas grandes capitais brasileiras, essa realidade é vivenciada diariamente por milhares de pessoas, cabendo uma reflexão acerca da mobilidade urbana nacional. Sobretudo, fica evidente a necessidade de ação do Governo Federal em conjunto com as prefeituras regionais, em prol da melhoria dos meios de transporte público oferecido aos cidadãos. Cita-se como exemplo, o aumento na frota disponível e circulante, como também a garantia de conforto e segurança ao passageiro, para que estes sejam atraídos e optem pelo sistema público de locomoção. Além disso, deve ser revista a priorização do modelo rodoviário, dessa forma, o Ministério da Infraestrutura deve trabalhar para que seja traçado um plano de estrutura da intermodalidade brasileira, com o objetivo de desconcentrar a opção por automóveis particulares nas grandes cidades.