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Enviada em: 09/07/2019

Mobilidade é a condição que favorece o movimento de algo ou alguém. Todavia, o ideal individualista e consumista da sociedade, juntamente com as estruturas metropolitanas que não comportam a locomoção alternativa, contrariam a definição da palavra. Dessa forma, medidas devem ser exercidas para facilitar a mobilidade no espaço urbano do Brasil.       Mormente, é indubitável que na contemporaneidade prevalece o interesse individual em detrimento ao coletivo. Essa situação se tornou evidente após a redução de impostos sobre carros particulares, ocorrida no Governo Lula, o que favorece o aumento de veículos nas ruas e dificulta a mobilidade. Nesse viés, a obtenção de transportes se tornou uma forma de afirmar sua posição social e ostentar poder econômico, enquanto meios coletivos de locomoção são atribuidos à classe baixa. Isso é notado, por exemplo, no alto índice de viadutos construídos, os quais comportam um maior número de carros, porém poluem visualmente a cidade e não auxiliam o transporte alternativo.       Ademais, o plano desenvolvimentista  de Juscelino Kubitschek, promoveu uma significante mudança estrutural nos meios urbanos. Entretanto, o modelo de cidade idealizada por ele, o qual ainda é constante, não condiz com as demandas alternativas atuais. Desse modo, a falta de estrutura para comportar bicicletas e patinetes de uso coletivo e o desfuncional sistema de ônibus atrasa a consolidação deles como principais meios de locomoção. Assim, os carros individuais ainda se apresentam a forma mais confortável e atrativa de transporte, tornando a mobilidade urbana uma grande utopia.       Destarte, como intervenção, é imperioso que os governos municipais insiram, nas principais avenidas,locais destinados exclusivamente a bicicletas, patinetes e pedestres, além de disponibilizar em áreas periféricas os transportes de uso coletivo. Feito isso, deve-se estabelecer um bilhete único, pago diariamente, que dará acessos às bicicletas e patinetes durante todo o dia, estimulando o uso deles e diminuindo o gasto monetário dos usuários. Em consonância, como outra medida atrativa, em alguns dias do ano deve-se anular a taxa para utilizar os meios alternativos, com o objetivo de amenizar a circulação de carros naquele determinado período.