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Enviada em: 24/04/2019

Com o avanço das Leis do Trabalho - que determinam a igualdade salarial entre trabalhadores, sem distinção sexual, racial ou de idade -, é notória a conquista dos direitos, em especial, por parte das mulheres, as quais, por um longo tempo, eram totalmente reprimidas por uma sociedade patriarcal e machista. Outrossim, essas repressões se evidenciam em diversas instâncias sociais, o que mostra a dificuldade de se conviver de forma justa e com similitude. Contudo, o problema se destaca no mercado de trabalho, uma vez que, nessa conjuntura, a mulher se vê amparada pela lei, mas é nessa mesma circunstância que não há o respeito a essas trabalhadoras e muito menos às leis trabalhistas em vigor.    Em primeiro lugar, é imprescindível levar em conta os progressos conquistados pelas brasileiras no mercado de trabalho. Segundo dados do Ministério do Trabalho, em nove anos, o número de mulheres ocupando postos de trabalho subiu de 40,8% para 44%. Esse avanço no percentual é acarretado pela melhora na qualificação, para o mercado formal de trabalho, por parte das mulheres, as quais tiveram suas respectivas oportunidades para ingressar em uma escola e, muitas vezes, em uma universidade. Ademais, já no âmbito empresarial, destaca-se a criação da licença maternidade remunerada, sendo essa, um auxílio para mães que agora estão com suas jornadas de trabalho voltadas totalmente à suas casas e famílias, mas que ainda necessitam de um salário para sustentar seu bebê.    Entretanto, as trabalhadoras brasileiras ainda estão inseridas em uma sociedade que não oferece a total igualdade e equilíbrio de direitos, determinados pela lei e pela constituição. Nesse cenário, o aumento para 44% das mulheres nos cargos em empresas não condiz com o percentual de mulheres que vivem no Brasil, que chega a 51%, isso denota a desigualdade presente nas empresas que contratam mais homens. A somar-se com isso, as mulheres trabalham cerca de 3 horas - por semana - a mais que homens, uma vez que os cuidados com a casa, família e afazeres também são contabilizados. Advento a isso, se destaca a procura - por parte das trabalhadoras - por empregos com uma menor duração e, consequentemente, com uma remuneração mais baixa que a normal, a qual, segundo dados do IBGE, é cerca de 76,5% menor que os salários dos homens em cargos equiparados.    Portanto, para que haja uma melhora na evolução no quadro de desigualdade que ainda se faz presente, é preciso que o Ministério do Trabalho melhore as condições das mulheres em seus postos e seus respectivos salários. Essa melhora se daria por meio da criação de uma cota empresarial, a qual daria uma vantagem para mulheres ingressarem no mercado de trabalho, aspirar cargos mais altos e conquistáveis e de serem remuneradas de forma mais justa. Essa cota se faria presente em toda seleção de funcionários de diversas empresas formais e auxiliaria numa melhora do cenário brasileiro.