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Enviada em: 31/05/2019

Protágoras de Abdera, filósofo grego, afirmou que o homem é a medida de todas as coisas ao concluir que o indivíduo tem a capacidade de exaltar a eticidade para despertar a racionalidade moral. A partir deste pensamento, de modo a correlacionar com a atual situação da mulher no seio trabalhista, percebe-se que a prática reflexiva tem promovido a extinção do preconceito em relação ao gênero e disponibilizado o sentimento de libertação feminina, visto que é notório o aumento gradual delas nos negócios laborativos; todavia, ainda são excessivas e imorais as perversidades sofridas por elas.            Primeiramente, cabe ressaltar a situação degradante vivenciada pelas brasileiras desde o período colonial, pois, como subsistiam em um mundo de demasiada exploração sexual e objetificação da mulher para a satisfação individual, as possibilidades de ingresso no trabalho eram escassas. Hodiernamente, é indubitável que este cenário alarmante tem se modificado, porquanto políticos representativos e movimentos feministas estão a proliferar-se em prol da ocupação profissional feminina, já que o seu adverso trata-se de uma injustiça social face às pessoas que apresentam as mesmas capacidades técnico-científicas. Diante disso, a resistência provocou uma significativa e vantajosa construção da cidadania e exercício do direito, estabelecidos na Constituição,  às mulheres almejantes ao respectivo mercado.                 Em contrapartida, presencia-se a existência de leis específicas instáveis que promovem um forte índice de diferença salarial, principalmente quando são negras, a extrema submissão sofrida e o assédio moral e físico em constante ocorrência; problemáticas essas que põem em crise o fundamento de uma sociedade igualitária, justa e ética. O romance "A Solidariedade dos Homens, de Jodi Compton, por exemplo, retrata a trajetória de uma detetive acusada de um crime que, para provar a sua inocência, teve que administrar o seu tempo com os diversos casos impostos a mesma e a objetificação do seu corpo. Paralelamente, de forma a trazer essa perspectiva para o contexto real, é notório que essas práticas retrógradas são vigentes cotidianamente, as quais tornam evidente a presença de uma patriarcal cultura misógina e depreciativa.                Depreende-se, portanto, que o androcentrismo ocorrente no mercado de trabalho deixe de ser realidade. Desse modo, é integralmente necessário que escolas e universidades orientem aos seus discentes, por intermédio de debates e seminários, a importância da igualdade e do respeito na carreira profissional para que eles tenham consciência de que a mulher não é um ser inferior ou objeto. Faz-se imperativo também que o Senado Federal promulgue uma emenda constitucional para que, por meio de punições mais severas, medíocres, a partir de chantagens, não abusem as mulheres sexualmente.