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Enviada em: 25/04/2019

É indubitável que o Brasil é uma potência em ascensão. Contudo, ao analisar internamente o país, é notório observar imbróglios com papel da mulher em âmbitos trabalhistas. Apesar de enormes avanços, o mercado de trabalho feminino caracteriza uma problemática, isso porque a desigualdade salarial e a destoante empregabilidade delas em setores domésticos, impedem um pleno desenvolvimento do setor de trabalho no território.        Mormente, faz-se necessário destacar a desigualdade salarial como potencializador da problemática. Segundo o filósofo Edmund Burke, a sociedade tem fortes raízes com o passado. À luz desse pensamento, pode se depreender que a origem da falta de equidade é histórica, uma vez que, por ser dotada de portes biológicos específicos -capacidade de engravidar-, a mão de obra feminina passa a valer menos. Isso porque, segundo a lógica do empregador, continuar a pagar salário em decorrência da licença maternidade traz prejuízos.  Para tanto, o site de empregos Catho publicou que a diferença salarial entre homens e mulheres chega a 53%.                 Ademais, ao analisar o mercado de trabalho brasileiro, é incontrovertível a exorbitante quantidade de mulheres em setores domésticos. A filósofa Simone de Beauvoir cunhou a expressão "Eterno Feminino" para justificar a associação enraizada, na sociedade, da figura feminina a dona de casa benévola. Assim, atrelado ao pensamento da feminista, é possível perceber que o país sofre com esse sofisma, haja vista que, segundo a PNAD, cerca de 13% das mulheres trabalham nesse setor, enquanto homens representam 0,6%. Dessa forma, cria-se uma conjuntura de menor poder aquisitivo feminino -tal profissão tem uma baixa remuneração- em detrimento do masculino, devido ao uma visão deturpada de papéis de gênero, presente no meio social.                    Fica claro, portanto, que a mulher brasileira no mercado de trabalho ainda sofre imbróglios. Cabe ao Poder Legislativo propor uma lei específica, posteriormente aprovada pela Câmara, para igualar a licença maternidade com a licença paternidade. Com isso, naão haverá mais preferência pelo trabalho masculino, uma vez que, será equiparado com o feminino. Outrossim, deve ser rompido o "Eterno Feminino" por vias educativas. Logo, o Ministério da Educação, juntamente com setores midiáticos, lançarem campanhas socioeducativas em veículos nacionais de entreterimento, com o viés de conscientizar a população que o trabalho da mulher não deve ser limitado em apenas âmbitos domésticos. Aumentará, assim, a busca femina de outros setores de empregabilidade. Dessa forma, o impasse será minimizado.