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Enviada em: 25/04/2019

Com a conquista do voto durante a Era Vargas, as mulheres passaram a ascender no mercado de trabalho brasileiro. No entanto, apesar da mudança de paradigma, entraves dificultam a plena inserção do genêro no mercado. Assim, constata-se a desigualdade ainda existente nas firmas, seja pela diferença salarial, seja pelos casos de assédio.    É indubitável que a disparidade entre as remunerações dos dois gêneros esteja entre as causas da problemática. De acordo com Aristóteles, a política deve ser usada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. Nesse contexto, a maternidade das mulheres é usada como uma desculpa para o salário inferior, por conta da suposta redução que esse fator gera no rendimento do funcionário. Dessa maneira, essa desigualdade dificulta a emancipação do sexo feminino das correntes históricas impostas pelo machismo, além de contrariar o ideal aristotélico.   Ademais, é constante a veiculação de notícias que envolvem abusos cometidos por superiores no trabalho. Logo, o tema remonta ao passado, visto que, no perído colonial do Brasil as relações sexuais entre escravas e senhores não exigiam consentimento da parte da mulher. Nessa perspectiva, a reprodução desse ideal na idade contemporânea denuncia o machismo ainda enraizado e pautado na posição hierárquica dentro de uma sociedade. Dessa forma, a continuidade do problema se dá pela coerção a partir de uma possível demissão caso seja relatado a situação, o que configura um tipo de violência psicológica.    Fica claro, portanto, que é imprescindível a ação conjunta dos sindicatos na manifestação através de paralisações em casos de comprovação judiciária de empresas com disparidade salarial baseada no sexo, a fim de reduzir a desigualdade na sociedade e alcançar o equilíbrio aristotélico. Sendo relevante, ainda, o Ministério Público destinar verbas para criar um centro de denúncias anônimas para mulheres vítimas de abuso sexual no ambiente de trabalho, em busca de acabar com o machismo existente nas firmas e trazer segurança para o genêro feminino.