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Enviada em: 26/04/2019

Em seu livro "Histórias e Conversas de Mulher", a historiadora e escritora brasileira Mary Del Priore discute como era as relações sociais do séc. XVII e XIX, evidenciando o comportamento de inferiorização das mulheres frente a sociedade brasileira. Essas mulheres eram tratadas como mercadorias pertencentes aos homens e por isso deveriam servi-los e se elas desejassem por exemplo, sair, viajar ou conseguir um emprego tinha a obrigação de pedir seu marido ou pai. Portanto, essa relação patriarcal pode ser notada até os dias atuais, nos quais muitas mulheres ainda possuem seus direitos negados como o de ingressar no mercado de trabalho ou de ser respeitada.         Após a Constituição de 1988 foram conquistados diversos direitos às mulheres, assim como o poder de ir e vir (Liberdade de locomoção) dos cidadãos brasileiros. Além disso, com o avanço da tecnologia e da área da saúde, foi possível controlar o número de filhos desejado, através do uso de contraceptivos como a camisinha. Desse modo, o desejo de conquistar os ambientes não domésticos se intensificou e assim muitas mulheres ingressaram ativamente no mercado de trabalho.        Entretanto, as mulheres se depararam com um grande obstáculo imposto pelo patriarcado, que era ser mulher e está inserida no ambiente público, como pode ser visto na diferença salarial entre elas e os homens- mesmo possuindo cargos iguais- tratamento abusivo como o assédio sexual, inúmeras tentativas de deixá-las invisíveis, isto é, não levar em consideração suas opinião ou decisão, além de críticas sexistas em relação ao seu corpo e suas vestimentas.        Portanto, é necessário que o Estado assegure os direitos conquistados pelas mulheres, garantindo o exercício da Constituição brasileira, a difusão de trabalhos acadêmicos de mulheres, mostrando a sua importância para a sociedade e suas positivas contribuições. Além disso, deve-se ser desenvolvido nas escolas materiais didáticos e projetos que evidenciam o destaque das mulheres no mercado de trabalho e como cidadã, a intensificação de apoio às mulheres em situação vulnerável para que juntas elas possam transformar não somente o mundo do trabalho, mas toda a cadeia social brasileira.