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Enviada em: 30/04/2019

No Brasil, a presença da mulher no mercado de trabalho ainda é um desafio atual na sociedade. Nesse cenário, é possível notar que apesar de ser maioria entre a população, a desigualdade de gênero e desvalorização são componentes presentes no cotidiano. Além disso, as mulheres possuem o trabalho doméstico, o qual continuou como obrigação delas, apesar da entrada no mercado de trabalho.       Hodiernamente, é normal ver mulheres no mercado de trabalho. No entanto, essa é uma realidade recente que começou a partir da Revolução Industrial, à medida que as empresas se fortaleciam e necessitavam de mão de obra. Todavia, o valor pago pelo trabalho feminino naquela época já era inferior ao masculino. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres ganham em média 76% do rendimento dos homens, mesmo contando com nível educacional superior. Apesar da desvalorização feminina, sua participação nos ramos trabalhistas triplicou nos últimos 60 anos. Entretanto, a discrepância salarial evidencia a segregação de gênero no trabalho, sendo essa uma conjuntura atual.       Outrossim, devido ao patriarcalismo da sociedade, a dupla jornada feminina aumenta a disparidade entre os sexos. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), as mulheres dedicam, em média, 18 horas a mais que os homens por semana ao cuidado de pessoas e aos afazeres domésticos. Dessa forma, a igualdade se estabelece somente na questão trabalhista  uma vez que, o expediente laboral e os subsídios são consideravelmente inferiores.       Fica claro, portanto, que a mulher é uma potência no mercado de trabalho. Assim, cabe ao Governo Federal criar um projeto de lei que penalize com multas as empresas que possuam diferença salarial entre gêneros que realizam as mesmas funções, por meio de fiscalização do Ministério do Trabalho mediante auditorias surpresas. É necessário, ainda, elaborar propagandas midiáticas com o intuito de orientar a população sobre a carga de trabalho e doutrinar as crianças e jovens no modelo feminista de igualdade de gênero. Conforme Simone de Beauvoir: é pelo trabalho que a mulher vem diminuindo a distância que a separa do homem e somente o trabalho poderá garantir-lhe independência concreta.