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Enviada em: 29/04/2019

A série da Netflix "Girllboss", retrata as inúmeras dificuldades das mulheres no mercado de trabalho, tal como a misoginia e o machismo. Nesse sentido, os capítulos sobre a empreendedora de moda Sophia Amorouso, abordam as temáticas do mercado de trabalho preconceituoso existente na cidade de Sophia. Todavia, fora da ficção, a realidade não se encontra obstante, visto que, hoje, no Brasil, a mulher brasileira no mercado de trabalho sofre constantes problemas para sua efetivação, tais como: a misoginia da sociedade, a falta de legislações eficazes e a diferença salarial entre gêneros.  Neste contexto, é indubitável que as mulheres sofrem demasiado preconceito ao se inserirem no mercado de trabalho, pois são vista como um "sexo frágil", por parte machista da sociedade. De acordo com uma enquete da página Quebrando o Tabu, cerca de 80% das mulheres já se sentiram coagidas à exercerem suas funções devido ao machismo. Além disso, existe uma imposição patriarcal grande nas mulheres, uma vez que as mulheres que preferem o mercado de trabalho ao invés de serem do lar, são julgadas de forma brusca. Tal fato, dificulta a mulher a se sentir aceita no mercado de trabalho, pois prejudica de forma efetiva sua saúde mental e, por conseguente, seu desempenho.  Ademais, não existem políticas públicas, tal como legislações mais rígidas que resguardem as mulheres de assédio ou atos preconceituosos no mercado de trabalho. Segundo o coletivo Olga, cerca de 95% das mulheres já sofreram assédio no trabalho e, deste número, apenas 5% foram ouvidas e ajudadas a denunciar. Isso nos mostra a grande impunidade presente no mercado de trabalho quando se trata do direito feminino. Tal situação de diferenças sociais entre gêneros, foi retratada pela socióloga Simone de Beauvoir, em que afirmava que a mulher na sociedade moderna precisa se reafirmar inúmeras vezes para conseguir o mínimo de direito que o homem consegue sem ao menos se esforçar. Ademais, a diferença salarial entre os gêneros é um fato. Tal situação tem origens em meados do século XX, no incêndio ocorrido na fábrica da Triangle Shirtwaist, em 1911, onde operárias que se encontravam em greve  por melhores salários, foram queimadas vivas. Entretanto, não é necessário voltar ao século XX, visto que ainda hoje, no Brasil, cerca de 58% das mulheres ainda ganham menos que os homens exercendo as mesmas funções, de acordo com o site G1.  Infere-se, portanto, que o Ministério do Trabalho, crie, por meio de verbas governamentais, leis mais rígidas relacionadas não só ao assédio presente em empresas, como também a diferença salarial. Tais leis teriam inspeções semestrais e acompanhamento psicológicos para as mulheres, com a finalidade de dar suporte efetivo as mesmas. Outrossim, é necessário um projeto federal de conscientização nas escolas, com a finalidade de eliminar a misoginia e o machismo existente na sociedade brasileira.