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Enviada em: 30/04/2019

“Que as gerações vindouras saibam que mulheres de uniformes também garantiram sua liberdade”. A frase, da cirurgiã Mary Edwards Walker que serviu na Guerra Civil Americana, exprime a ideia de que desde o século XIX as mulheres trabalharam e tomaram a frente de mudanças que asseguraram alguns papéis desempenhados pelo sexo feminino no século XXI. Analisando esse conceito atrelado a contemporaneidade, nota-se que quando se refere ao papel da mulher brasileira no mercado de trabalho são perceptíveis os entraves vividos diariamente, que envolve a forma como ela se divide entre a rotina do lar e o trabalho e mais evidente: a diferença no ganho salarial.       Sob esse viés, podem-se citar as inúmeras dificuldades relacionadas ao ganho salarial que deixa mais evidente a segregação em relação ao gênero, donde mulheres e homens com mesma escolaridade possuem até mil reais de diferença salarial, essa diferença aumenta em estados como o Distrito Federal e diminui no estado de Roraima, a disparidade salarial entre grandes cargos empresariais varia de 8% até 36% e quanto maior o cargo maior a desigualdade, ademais, deve ser analisada outra vertente na qual mulheres que possuem filhos e maridos não são escaladas para altos cargos devido à falta de disponilidade que ela tenha ou até mesmo um possível falta de priorização do emprego.      O resultado desse processo é uma sociedade que possui diferença salarial em todas as classes sociais entre homens e mulheres, todo esse processo é devido a uma herança machista e a entra tardia da mulher no mercado de trabalho que apenas foi possível configurá-la como trabalhadora em meados do século XIX dificultando cada vez mais a quebra desse estigma presente diariamente na sociedade. Dessa forma, é evidente que o Brasil avança a passos lentos no que tange políticas de empoderamento feminino. Portanto, devem ser feitas normas e sanções para equalização salarial entre os gêneros pautados na meritocracia executados em todos os Estados brasileiros disponibilizando um período de tempo para que todas as micro e macro empresas se adequem, realizados pelo Ministério do Trabalho com o intuito de que aos poucos as mulheres possam assumir seu lugar desfrutando de todos os seus direitos.