Materiais:
Enviada em: 30/04/2019

Promulgada pela ONU em 1948, a declaração dos direitos humanos garante a todos os indivíduos o direito à igualdade de gênero e ao bem-estar social. Conquanto, a baixa oportunidade das mulheres brasileiras no mercado de trabalho impossibilita que essa parcela da população desfrute desse direito universal na prática. Nessa perspectiva esses desafios devem ser superados de imediato para que uma sociedade integrada seja alcançada.  A educação é o fator principal no desenvolvimento de um País. Hodiernamente, ocupando a nona posição na economia mundial, seria racional acreditar que o Brasil possui um sistema de ensino eficiente. Contudo, a realidade é justamente o oposto e o resultado desse contraste é claramente refletido nas desigualdades de oportunidades no mercado de trabalho. Segundo o ministério do trabalho, houve um acréscimo de aproximadamente 3,2% do número de mulheres no ramo trabalhista do ano de 2007 até 2016. Diante do exposto, é inadmissível que em um período de quase dez anos apenas uma pequena parcela dessa população tenha se engajado em empregos formais.  Faz-se mister, ainda salientar a herança de uma sociedade machista como impulsionador destas desigualdades. De acordo com Zygmunt Gaiman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é a característica da "modernidade líquida" vivida no século XXI. Diante de tal contexto é de grande urgência que a sociedade se questione e não aceite a negligencia do poder publico diante das grandes diferenças salariais entre homens e mulheres nos dias atuais.  Infere-se, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Dessa maneira, urge que o governo federal ponha em prática o direito a igualdade de gênero, estabelecendo multas severas às empresas que excluam ou trate com diferença essa parcela da população. Dessa forma, o Brasil poderia superar a desproporção dessa conjuntura.