Materiais:
Enviada em: 02/05/2019

No filme “Terra Fria” a personagem Josey Aimes, uma mãe solteira, no final da década de 80, consegue emprego em uma mina de ferro e enfrenta grandes problemas no ambiente de trabalho. Seus colegas de ofício, homens, sentem-se ofendidos por trabalharem com ela. Então, Josey passa a sofrer com os abusos masculinos, desde xingamentos até assédios. Fora da ficção, nos dias atuais – mesmo com o crescente aumento do número de mulheres empregadas – o cenário se assemelha ao da produção cinematográfica: diferenças salariais, assédios e luta pela igualdade.             Primeiramente, é importante salientar que existe um crescimento relevante nos últimos anos, segundo reportagem exibida em 2018 pelo Jornal Nacional, dois milhões de mulheres entraram no mercado de trabalho desde 2012. Porém, os homens ocupam mais da metade dos postos e ganham aproximadamente 30% a mais. Dessa maneira, é notório que há a existência da diferença salarial entre os gêneros, provocado principalmente pela cultura machista de uma sociedade excludente.              Além disso, segundo o Ministério Público do Trabalho, entre 2007 e 2017 houve mais de 168 mil denúncias de assédio sofrido por mulheres. Dessa forma, é inegável que a ficção de “Terra Fria” se aproxima do presente contexto social. Ademais, segundo o Jornal O Globo, em publicação de 2018, o assédio no trabalho dificulta a ascenção de mulheres nas empresas, sendo assim, as indivíduas femininas precisam se inspirar em personagens como a de Aimes, que mesmo em uma simulação, foi responsável pela primeira ação coletiva contra assédio sexual nos Estados Unidos.              Diante do exposto, medidas devem ser tomadas para solucionar a problemática e promover a igualdade. Para isso, a Secretária de Políticas para as Mulheres, com base nos Direitos Humanos, deveria propor a implementação de igualdade salarial entre homens e mulheres no país, tendo como consequência a uniformidade de salários e redução do conceito de inferiorização feminina. Ademais o Ministério Público do Trabalho deve ser eficiente diante das denuncias registradas e encaminha-las devidamente para a Justiça, dessa maneira, diminuiria o número de assédio, além de promover uma maior qualidade no ambiente trabalhista. Em suma, igualdade entre homens e mulheres é um dos Direitos Humanos fundamentais garantido pela Organização das Nações Unidas.