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Enviada em: 05/05/2019

Promulgada pela ONU em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito ao bem-estar social. No Brasil, entretanto, apesar da mulher ganhar a cada dia mais espaço no mercado de trabalho, ainda permanecem resquícios de uma sociedade patriarcal, os quais fazem com que as mulheres não desfrutem desse direito por completo. Nessa perspectiva, convém analisar as principais causas, consequências e possível medida para alterar, de uma vez por todas, esse quadro.    É evidente que o legado patriarcal do Brasil está entre os causadores da dificuldade de ingresso da mulher no mercado de trabalho. Uma sociedade historicamente machista e preconceituosa reflete ainda nos dias de hoje com pensamentos de que os homens são mais competentes que as mulheres, sendo possível observar tais preconceitos com as diferenças salariais existentes. Segundo notícia do G1, um levantamento feito pela Catho mostra que homens ganham mais que mulheres em 25 das 28 áreas analisadas. Desse modo, é inaceitável que em um país signatário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, esse tipo de discriminação aconteça, ocasionando, dessa maneira, o mal-estar social da população feminina brasileira.    Além disso, as consequências dessa problemática são sérias. Muitas vezes, as mulheres tem de criar seus filhos sem nenhum auxílio paterno, desse modo, conseguir emprego e salário justo se torna muito difícil em meio a uma população que não valoriza o trabalho feminino, com isso as taxas sociais do país tendem somente a piorar, com elevadas taxas de pobrezas e aumento da criminalidade. Segundo a filósofa Hannah Arendt, com sua obra " A Banalidade do Mal", o pior mal é aquele que se torna corriqueiro, cotidiano. De maneira análoga, a população brasileira ainda machista e que continua desvalorizando a mulher continuamente, caracteriza o pior mal proposto pela filósofa. Nesse contexto, é inadmissível que em um Brasil que contém uma Constituição denominada de Cidadã, que prevê legalmente a igualdade de gêneros, esse ato antiético ainda ocorra no país.    Infere-se, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação da mulher brasileira no mercado de trabalho. Dessa forma, faz-se necessária a ação do Governo Federal para estabelecer cotas para mulheres em concursos públicos visando estimular a população feminina e mostrar à sociedade ainda machista que a mulher tem seu espaço também. Além disso, os Governos Estaduais em parceria com a mídia devem promover campanhas e palestras que irão ser passadas na televisão e no rádio com o intuito de alertar a população sobre a igualdade de gênero e mostrar que a mulher é tão competente quanto o homem e promover também palestras em escolas para preparar a futura geração sem preconceitos.