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Enviada em: 06/05/2019

"As Dificuldades Impostas à Mulher Brasileira no Mercado de Trabalho"             Durante a primeira guerra mundial, a mulher desenpenhou um papel decisivo ao ocupar o espaço deixado pelos homens na industria, fato que já vinha ocorrendo desde o século 18, com a revolução industrial. A partir de então, a participação feminina só tem crescido no mercado de trabalho, mas ainda há preconceitos a serem superados. No Brasil, um exemplo extremo se reflete na fala do então presidente, Jair Bolsonaro, que, em rede nacional, afirmara não contratar mulheres para evitar transtornos com licença maternidade. Tal pronunciamento sugere que as difulculades enfrentadas pela mulher ao inserir-se no mercado de trabalho, têm origens culturais e na desigualdade de gênero, o que é inaceitável em uma sociedade igualitária.              Não há dúvidas da importância da mulher para a economia e o mercado de trabalho. De fato, segundo o Ministério do Trabalho, em 2007, as mulheres já somavam 40,8% dos empregos formais, e, após uma década, este número alcançou 44%. Em contraposição, apesar de recolherem tantos impostos quanto os homens e enfrentarem a mesma jordada trabalhista, as mulheres lidam com problemas únicos, como ter de conciliar atividades de casa com o trabalho externo, além de terem remuneração inferior a homens ocupando a mesmo função. E por mais incrível que possa parecer, justamente na área jurídica, onde deveria presar-se pela igualdade, sobretudo as de gênero, é onde encontram-se as maiores discrepâncias salariais.                   Mas não é apenas econômica ou social a contribuição da mulher para o desenvolvimento do país. De acordo com o Ministério da Educação, as mulheres já ocupam mais de 50% das vagas em universidades e chegam a assinar mais de dois terços das publicações científicas (artigos e patentes) basileiras, o que é uma estatística superior a alcançada por Portugal. A diferença é que o Brasil chegou a este valor em tempo recorde (137 anos) se for considerado que somente em 1887 o país formou sua primeira graduanda, Rita Lopes, então médica.             Diante de tudo o que foi exposto, fica claro que as desigualdades enfrentadas pela mulher têm gênese cultural. Portanto, cabe ao estado mitigar e resolver o problema. Para tanto, o governo deve conscientizar o jovem inserindo discussões sobre igualdade de gênero nos currículos escolares, pois a escola é o ambiente formal de educação do jovem. Finalmente, os poderes executivos e legislativo também devem trabalhar em uníssono e criar medidas provisórias (no caso do executivo) ou projetos de lei (no caso de legislativo) que garantam igualdade salarial a homens e mulheres, permitindo assim que o judiciário fiscalize e puna contravenções ou qualquer outro preconceito de gênero.