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Enviada em: 07/06/2019

Por conta de uma história marcada pela injustiça e discriminação, muitos indivíduos conservam, em pleno século XXI, a ideia do sexo feminino como inferior. Como consequência, mesmo após anos de lutas por igualdade de gênero, a mulher ainda encontra dificuldades para se ingressar no mercado de trabalho e ter igualdade salarial em relação ao homem. Diante disso, cabe analisar causas, consequências e possíveis soluções para esse pertinente problema no Brasil.   Em primeiro lugar, vale evidenciar a trajetória e a evolução das conquistas femininas ao longo dos anos. Em 1915, período em que o mundo enfrenta a Primeira Grande Guerra Mundial, muitas mulheres foram obrigadas a ocuparem cargos antes realizados por homens, pois estes estavam a serviço de seu país nos campos de batalha. Logo, as indústrias de carros, têxteis e de alimentos viam-se movidas por elas. Tal fato corroborou com a regressão dos ideais patriarcais, no qual as mulheres deviam servir ao marido e cuidar da casa e filhos, somente. Além disso, inspiradas nos ideias libertadores da Revolução Francesa, do século XV, as norte-americanas fundaram o feminismo, um movimento que tem por objetivo a igualdade entre os sexos e que até hoje influencia, em muitos países, a busca pelo empoderamento feminino.    Todavia, apesar dos direitos e novos espaços adquiridos, as diferenças oriundas do gênero, quando se trata de emprego, é evidente. Mesmo representando mais da metade da população brasileira, as mulheres, em 2015, ocupavam 0,7 bilhões de vagas no mercado de trabalho a menos que os homens, segundo pesquisas da Organização Internacional do Trabalho. Além dessa diferença quantitativa, a  OIT também constatou que a média salarial dos homens, em relação a mesma função ocupada, é, aproximadamente, 20% menor. Apesar do preconceito enraizado na sociedade justificar essa desigualdade, compreende-se melhor tal injustiça quando se  analisa a falta de direitos relacionados à maternidade no Brasil, no qual, muitas vezes, a mulher perde seu emprego por conta da gestação. Logo, é necessário mudanças ao que se refere á legislação materna no Brasil.     Diante dos fatos supracitados, é de grande valor que o Ministério da Cidadania, em consorte com o MEC, promovam palestras de sensibilização nas escolas públicas, pois impactaria um grande número de jovens, com o fito de, desde a infância, promover a igualdade de gênero e evidenciar sua importância na população. Ademais, para extinguir as injustiças no mercado de trabalho, cabe ao Ministério da Justiça e ao da Mulher a revisão dos direitos relacionados a maternidade e garantir sua correta aplicação. Desse modo, somente, o Brasil ver-se-ia livre da falsa ideologia da sobreposição do homem.