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Enviada em: 24/05/2019

A inserção feminina no mercado de trabalho, acentuada nos anos após a 2ª guerra mundial, sempre enfrentou desafios. Atualmente, apesar da drástica melhora nas condições de trabalho, as mulheres brasileiras ainda enfrentam antigos desafios, uma vez que a desigualdade salarial assim como a falta de oportunidades permanecem vigentes.    Referente a presença da mulher brasileira no mercado de trabalho, percebe-se que a diferença de salário entre homens e mulheres ainda é uma preocupante realidade. Segundo dados do IBGE, publicados em 2018, as mulheres recebem 76% do rendimento salarial masculino. Mesmo assim, segundo a mesma pesquisa, as mulheres representam a metade da população economicamente ativa do país. Nesse sentido, nota-se que caso essa desigualdade salarial fosse superada, haveria o aumento do poder aquisitivo feminino, o que poderia afetar positivamente a economia brasileira. Segundo a Organização Internacional do Trabalho, o fim da desigualdade salarial entre gêneros no Brasil geraria bilhões de reais em lucro.     Além disso, a falta de oportunidade para mulheres no mercado de trabalho permanece como um agravante. Embora as mulheres representem mais da metade da população com graduação acadêmica, segundo a Pesquisa Nacional por Mostra de Domicílio, o número de cargos de liderança ocupados por mulheres nas empresas ainda é pequeno. A discriminação se torna um fator decisivo nessa questão, e que possui muitas nuances, dentre elas está a maternidade. Segundo Miryam Martrello, professora na Universidade Federal de Goiás, as empresas relutam em promover mulheres para cargos importantes, por medo de que uma possível gravidez afete negativamente seu desempenho.     Desse modo, para colocar fim à disparidade salarial, faz-se necessário que o governo, por meio do Ministério do Trabalho, crie leis que criminalizem a diferença de salário entre homens e mulheres que exerçam a mesma função. Ademais, é preciso que palestras, ministradas por consultores financeiros, sejam feitas nas empresas com objetivo de conscientizar assim como esclarecer à chefes e altos funcionários que a maternidade não desqualifica a mulher de ocupar cargos importantes ou de liderança.