Enviada em: 02/06/2019

No Brasil, é histórico o esteriótipo da mulher dona de casa. Pois, desde a colonização, os homens são considerados os provedores do lar enquanto as mulheres são as cuidadoras. Tal fato, dificulta a entrada da mulher no mercado de trabalho devido ela ser considerada incapaz de realizar as atividades reservadas ao homem. Apesar disso, segundo o Ministério do Trabalho, a proporção de mulheres dentre os trabalhadores formais vem crescendo e, hoje, está acima de 40%.       Em contradição com essa estatística, divulgação do IBGE revelou que, apesar da maioria dos trabalhadores serem homens, 55% dos atuais universitários são mulheres. Ou seja, estas estão atingindo um nível cada vez mais elevado de instrução. Com isso, as mulheres vêm conseguindo mostrar capacidade de alavancar suas qualificações profissionais e, consequentemente, de ocupar cargos mais altos. Além de desconstruírem o preconceito histórico de poderem realizar apenas afazeres domésticos.       Não obstante, após a entrada no mercado de trabalho, as trabalhadoras ainda sofrem com a disparidade salarial entre os gêneros, a qual atribui salários menores às mulheres. Esse fato foi comprovado pelo IBGE, o qual indicou que as colaboradoras recebem salários 30% menores. A este preconceito, estão atribuídas diversas justificativas, como a licença maternidade - obrigatória por lei - a qual concede 120 dias de licença ao trabalho à trabalhadora gestante para cuidar do bebê. Esse fator gera mais gastos à empresa devido à necessidade de capacitar outra pessoa. Assim, essa despesa é compensada oferecendo salários menores às mulheres.       Neste sentido, cabe ao governo combater essa disparidade salarial aplicando multas às empresas, assim como ocorre na Islândia. Além de incentivar, com menores impostos, a contratação de temporários, durante a concessão de licença maternidade. Porém, a melhor maneira de se chegar à igualdade de gênero é através da educação, em casa e nas escolas, incentivando a profissionalização feminina em qualquer área de atuação e cessando a divisão de tarefas por gênero. Afinal, ambos são capazes.