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Enviada em: 28/06/2019

A mulher ao longo dos anos   Na série nacional da Netflix, “Coisa Mais Linda”, o cenário do Rio de Janeiro em 1959 é marcado pela pouca representatividade feminina. Nesse sentido, a revista “ Ângela” em que Thereza trabalha, uma revista feminina, só tinha ela de mulher. Todos os jornalistas eram homens assinando com nomes femininos: uma demonstração clara de que, nem assuntos voltados ao público feminino, há a devida representatividade das mulheres. Sessenta anos depois ainda há a mesma questão: a falta de empoderamento feminino no mercado de trabalho, seja na equiparação salarial, assédio no local de trabalho e poucos direitos trabalhistas.   Em primeiro lugar, é importante destacar que apesar do crescimento da participação da mulher no mercado de trabalho brasileiro, uma parte das mulheres ainda tem que passar por dificuldades que muitos homens não encontram, tais como o equilíbrio entre atividade doméstica versus o emprego fora de casa e a diferença salarial. Mesmo enfrentando grandes desafios, grande partes delas batalha para conseguir e manter seu lugar no ramo. De acordo com Simone de Beauvoir, as características associadas tradicionalmente à condição feminina derivam menos de imposições da natureza e mais de mitos disseminados pela cultura. Assim, existencialista a sua famosa frase “Ninguém nasce mulher, torna-se mulher”, é durante a existência e a medida que tomamos contato com a experiência, que adquirimos nossa essência. Além disso, a desvantagem entres mulheres e homens é clara, demonstrando as raízes nítidas do patriarcado na sociedade. Na série “Coisa Mais Linda”, o contexto é totalmente sexista, uma sociedade patriarcal em que as mulheres deveriam ser inferiores e subservientes. Em diversas cenas são ditas falas como: “O Homem é mais focado, mais profissional e menos emotivo” ou “Deixe a parte chata para os meninos”. As frases ainda são remanescentes hoje.   Urge que deve-se reconhecer a igualdade do gênero para que então a mulher tenha os mesmos direitos que os homens. Por meio da mídia, é possível promover maiores informações acerca de promover uma sociedade igualitária. Até mesmo com o debate de obras literárias nas escolas para que seja refletido o papel da mulher ao longo das épocas, a fim de promover a valorização da mesma. Assim, poderá se esperado uma sociedade igualitária, sem ter um homem à frente, apenas ao lado.