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Enviada em: 01/07/2019

Durante o período das Guerras Mundiais (1914-1945), com a queda da mão-de-obra masculina e a crescente demanda por produtos bélicos e cotidianos, as mulheres ganharam espaço no mercado, o que alterou ideias basilares do povo ocidental da época. No Brasil, essa mudança social no trabalho ocorreu com mais intensidade na segunda metade do século XX, sendo assim uma conquista feminina importante, mesmo com obstáculos. Atualmente, esse cenário ainda é marcado por desafios, os quais precisam ser enfrentados para haver uma real inserção da mulher brasileira.       Primeiramente, é preciso refletir sobre os desafios para a resolução dessa problemática. Dentre eles, as raízes históricas são marcantes, pois o Brasil tem uma sociedade de origem patriarcal, ou seja, o homem era o chefe e provedor da família e a mulher era a "rainha do lar"- como explica Sérgio Buarque de Hollanda no livro Raízes do Brasil-, o que levou a cidadã a ter uma dupla jornada, enfrentar a desigualdade salarial e ser, por vezes, subestimada, quando obteve o direito de trabalhar fora de casa.       Em segundo lugar, é necessário entender a importância da inserção da mulher no mercado de trabalho. De acordo com John Locke, todo ser humano tem direito a vida, liberdade e propriedade. Assim, com o trabalho, a mulher poderá ter liberdade sobre suas ações e decisões, uma vida sem tanta interferência dos demais e facilidade para obter bens e propriedades, o que a torna detentora dos direitos intrínsecos enunciados pelo filósofo.       Logo, nota-se que é preciso superar os desafios impostos sobre o trabalho feminino pela relevância de seus efeitos. Cabe ao Governo, fiscalizar de forma mais efetiva empresas públicas e privadas, por meio de uma análise mais detalhada da folha de pagamento, a fim de verificar a existência de desigualdade salarial por razões de gênero e caso haja, punir a empresa responsável. Além disso, a Escola deve informar a comunidade, que independência financeira e as responsabilidades com a casa e a família são para ambos os sexos, com palestras e projetos pautados nas ciências humanas, para que a discriminação na sociedade diminua.