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Enviada em: 29/06/2019

O mercado de trabalho sofreu inúmeras alterações com o passar dos anos integrando cada vez mais grupos sociais, raciais ou de gêneros. A classe feminina é um exemplo da luta diária pelo espaço nesse ambiente que desde de sempre foi comandado por homens. Fato que mudou no final do século XIX, com a Revolução Industrial, quando o aumento da mão de obra se fez necessário. Porém, 200 anos depois, os direitos das mulheres ainda são restringidos pela cultura machista enraizada na sociedade, que menospreza a capacidade intelectual do sexo feminino. Mesmo que essa categoria represente 44% de todo o proletariado brasileiro, segundo o Cadastro Geral de Emprego e Desemprego(Caged) e a Relação Anual de Informações Sociais(Rais), para conquistar um emprego satisfatório e bem remunerado, deve-se superar obstáculos como a tripla jornada - onde somado ao trabalho com carteira assinada, há o trabalho doméstico e a obrigação familiar -, o sexismo, que faz a classe mais graduada do país ser também a mais desempregada, e a redução da mulher ao seu próprio corpo, situação já validada pelas estatísticas divulgadas recentemente pelo site Trampos.co, que afirmam que 71% das mulheres já sofreram assédio moral e 38% sofreram assédio sexual em seu trabalho. Além disso, essa busca é dificultada por problemas como desigualdade salarial, com diferença de até 30% entre homens e mulheres que possuem o mesmo cargo, e casos de discriminação com a maternidade, já que é socialmente aceito e previamente entendido que a mãe seja a única responsável pelo seu filho e seus cuidados, causando a justificativa por parte dos empregadores de que, nesses casos, há menos comprometimento com a empresa em questão e situações como a licença e possíveis faltas podem prejudicar o desenvolvimento do trabalho e principalmente, o lucro do empresário. Com base no exposto, é notável a necessidade de amparo legislativo, que deve ser realizado através de órgãos governamentais responsáveis pelos direitos trabalhistas e das mulheres, buscando igualar as posições entre os dois sexos, seja nas questões financeiras ou nas sociais, como por exemplo o direito à licença maternidade e paternidade, assim valorizando o papel paterno e diminuindo a sobrecarga do materno. Somente com o apoio do governo e de campanhas sociais será possível o desenvolvimento de uma consciência nacional livre de desarmonias e preconceitos, permitindo a existência de oportunidades iguais a todos.