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Enviada em: 03/07/2019

Consoante as ideias iluministas do século XVIII, o ser humano deve viver com base na razão, buscando um mundo pautado na liberdade, igualdade e fraternidade. Essa visão, embora correta, não é efetivada no hodierno cenário global, sobretudo no Brasil, posto que a situação da mulher no mercado de trabalho ainda é um impasse. Isso ocorre, ora em função do legado histórico machista, ora pelo preconceito sofrido. Assim, hão de ser analisados tais fatores, a fim de que se possa liquida-los de maneira eficaz. A priori, é imperioso destacar que a diferença salarial oferecida às mulheres na disputa por vagas de emprego, é fruto da herança de uma sociedade machista, que foi herdada através dos séculos. Isso porque, o papel feminino foi por muito tempo limitado ao de cuidar da casa, marido e filhos, sendo impedidas de estudar ou trabalhar por serem consideradas como "sexo frágil", podendo apenas realizar funções estabelecidas pelo homem. Esse panorama se evidencia, por exemplo, se comparar a média salarial recebida por um homem e uma mulher na mesma função. De acordo com o portal de notícias G1, as mulheres chegam a receber cerca de 50% menos que os homens. Logo, é substancial a alteração desse quadro que vai de encontro às ideias de igualdade inerente ao pensamento iluminista. Outrossim, é imperativo pontuar o preconceito vivenciado pela mulher moderna que cuida do lar e trabalha, como um fator limitante para ascensão no mercado de trabalho. Nessa perspectiva, a máxima de Martin Luther King de que "a injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo lugar" cabe perfeitamente. De maneira análoga ao pensamento de Luther King, muitas mulheres não são promovidas por discriminação com direitos como o da licença maternidade - direito que garante à gestante um afastamento temporário de seu emprego, para conceber um bebê. Desse modo, tem-se como consequência à generalização da injustiça, fazendo portanto, imprescindível uma dissolução dessa conjuntura. Portanto, Indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver esse problema. É fundamental portanto, que o Ministério da cultura, em parceria com o Ministério Público crie ações que evidenciem os efeitos negativos que o machismo tem sobre a forma de pensar da sociedade atual, tais ações devem se dar por meio de vídeos nas redes sociais sobre a responsabilidade, importância da igualdade e relevância que a família tem na formação de uma opinião coletiva e dos indivíduos enquanto seres singulares. Além de relatos de experiencia , dados estáticos, visando a quebra de paradigmas socialmente alimentados. Talvez, assim, seja possível construir um país em que os ideais iluministas possam se tonar pilar.