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Enviada em: 01/07/2019

Houve tempos em que era impensável a presença da mulher brasileira no mercado de trabalho em função de discriminações por motivos diversos, principalmente de cunho cultural, religioso ou mesmo moral, e ainda hoje percebe-se um grande abismo separando esta valorização da mulher se comparada a do homem. A notável desigualdade salarial, a dificuldade de ingressar-se no mercado do trabalho, todos devidos à intolerância sobre a participação das mulheres dentro de espaços como o mercado de trabalho.             Na nossa Constituição Federal lê-se que todos são iguais perante a lei (Art. 5°), porém, na realidade, nota-se uma discordância principalmente ao que se diz igualdade de gênero, se considerarmos os novos estudos (2018) da organização Internacional do Trabalho (OIT), “As mulheres são menos propensas a participar do mercado de trabalho do que os homens e têm chances de estarem desempregadas na maior parte dos países do mundo”.           Também por questões históricas, sociais e culturais, a mulher ainda possui a imagem de responsável pelas tarefas domésticas e cuidado aos filhos, mesmo quando esta dedica-se a uma profissão e/ou aos estudos simultaneamente, gerando um acúmulo de tarefas muitas vezes inviável. Segundo estatísticas do IBGE, em 2016, as mulheres que trabalham dedicam 73% mais horas do que os homens aos cuidados e/ou afazeres domésticos, dedicando 18,1 horas semanais para tais cuidados. Contudo, ainda assim, a desigualdade de gênero na esfera social e econômica mostra-se persistente.             Ao levar-se em conta da dificuldade encontrada, não apenas no cenário atual brasileiro mas também na antiguidade, em acesso ao emprego, desigualdades salariais e formas diversas de discriminação, além das responsabilidades domésticas que as mulheres enfrentam diariamente, medidas devem ser imediatamente tomadas, tais como implementar políticas adaptadas às mulheres, tais quais priorizem abertura de vagas, além de promover debates, seja nas escolas ou em meio às famílias, acerca de desconstruções de ideologias de gênero atuantes no mercado de trabalho, ressaltando a importância da existência de um equilíbrio entre homens e mulheres, para assim garantirmos uma sociedade mais igualitária e divergente das discriminações tão recorrentes na atual realidade brasileira.