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Enviada em: 04/07/2019

A importância da participação da mulher brasileira no mercado de trabalho deve ser tratada como pauta prioritária pelo Poder Público e pela sociedade. Embora tenham ocorrido mudanças positivas da perspectiva atual no ambiente de trabalho em relação a inserção da figura feminina, o Brasil é o país que tem sua base estruturada sobre os pilares do machismo e do patriarcalismo, fazendo com que grande parte das mulheres ainda tenham que batalhar de maneira muito superior aos homens para conquistar respeito e salário digno para exercer sua função dentro do contexto empresarial.   É preciso inicialmente observar que no Brasil há um grande preconceito em relação a emancipação feminina, decorrente de um processo de colonização conservador e machista, que via somente o homem como ser social e portador de direitos e visava a mulher apenas como objeto para satisfação sexual e afazeres domésticos. Com isso, a sociedade contemporânea, alienada por uma sucessão de pensamentos conservadoristas, objetifica a figura feminina e a trata como um ser subalterno, desprovido de direitos e passivo de submissão.   Como resultado, hoje a mulher ainda é discriminada e desvalorizada em seu ambiente de trabalho, em que, além de ser oprimida, na maioria das vezes, recebe um salário inferior ao homem para exercer a mesma função, visto que a isonomia salarial é garantida pela Constituição brasileira. Além disso, a mulher tem que lidar com a dupla jornada de trabalho, na qual ela precisa cumprir com seu papel de funcionária e, após o expediente, cumprir com seu papel de mãe e dona do lar, uma vez que, em uma sociedade estruturada sobre os pilares do patriarcalismo, os afazeres domésticos e o cuidado dos filhos são tarefas exclusivamente femininas.   Torna-se evidente, portanto, que a inserção da mulher no mercado de trabalho tem papel fundamental na conquista da emancipação feminina, mas são necessárias políticas públicas que contribuam com seus direitos. Para isso, é necessário que haja uma maior fiscalização por parte do Ministério do Trabalho em relação a isonomia salarial, com o intuito de garantir que as mulheres recebam iguais salários aos homens para exercer a mesma função. Aliado a isso, cabe aos cidadãos, através dos estudos, derrubar esse modelo de sociedade machista que coloca a figura feminina como submissa aos desejos masculinos, com o objetivo de ampliar a visão da mulher como um ser social provido de direitos, merecedor de respeito e igualdade no mercado de trabalho.