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Enviada em: 08/07/2019

Sabe-se que, o feminismo, no decorrer de sua trajetória, buscou extinguir as desigualdades atreladas ao sexo. De tal modo, é possível observar que, nesse sentido, inúmeros avanços foram alcançados, à rigor, a Constituição de 1988, demonstra legitimidade teórica que tangencia a perfeição superficial, todavia, nas entrelinhas das ações do cotidiano brasileiro, pode-se perceber a discrepância entre homens e mulheres, sobretudo, no mercado trabalhista.      Em primeiro lugar, é fulcral conhecer o materialismo histórico feminino no mercado de trabalho. Desse modo, na obra machadiana Memórias póstumas de Brás Cubas, o eu-lírico postula a personagem Virgília como dona de casa, mãe e esposa de deputado, criticando assim, ironicamente, a visão atribuída à mulher contemporânea ao século 19.Destarte, pode-se perceber que, até meados do século 20, a figura da personagem serve metonimicamente para a representação feminina no mundo.        Não obstante, somente com a chegada da Revolução industrial e, posteriormente, os esforços de guerra, a mulher inicia sua jornada trabalhista e a busca pelos seus direitos e suas respectivas garantias. Assim, com tal marco histórico propiciou-se uma nova perspectiva da figura feminina, de modo que esta agora faz parte da economia do país. Todavia, embora mitigadas boa parte das desigualdades, com o auxílio de movimentos sociais, à exemplo, o feminismo, sabe-se que, no Brasil, a formação cultural patriarcal e, por vezes, machista, reverbera atos como o observado na pesquisa feita pelo Catho, site de empregos, que aponta a mulher ganhando cerca de 20% a menos que os homens, nos mesmos cargos e funções.     Torna-se claro, portanto, que a mulher conseguiu importantes avanços no ramo trabalhista, entretanto, alguns obstáculos tais quais a visão mascarada do machismo no Brasil, tornam a problemática mais complexa do que se imagina. Urge, porém, que o Ministério do trabalho capacite funcionários para exercer a função de “cão de guarda” da parcela feminina no mercado de trabalho, atuando como órgãos reguladores da defesa dos direitos dessas. Outrossim, as ONG’s em prol desse viés devem atuar conjuntamente às escolas, fornecendo cartilhas para a promoção de seminários e palestras, com fito de conscientizar o “futuro da nação” para que a curto e longo prazo, tenhamos soluções efetivas. Só assim será válida a premissa pitagórica: Educar as crianças para que não precisemos punir os adultos.