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Enviada em: 17/07/2019

O dia da mulher datado em 8 de março é comemorado para eternizar, entre outros fatores, as cem mulheres que morreram carbonizadas por reivindicar direitos na fábrica têxtil onde trabalhavam em 1911, Nova York. Assim, percebe-se que uma data para muitos comemorativa, demonstra nas suas entrelinhas a luta das mulheres por espaço no mercado de trabalho. Sabe-se que o lado feminino só foi inserido na indústria devido a demanda industrial e, apesar disso, a mão de obra sofria por não poder atuar em todos os trabalhos e enfrentava o tabu de ter casa e filhos para cuidar. Diante do fato citado nota-se que um século depois as mulheres ainda sofrem para adentrar e manter-se no mercado de trabalho, pois o preconceito ao redor de seus afazeres ainda encontra-se enraizado na sociedade.        Como exposto anteriormente, as mulheres entraram no mercado de trabalho no período da Revolução Industrial, época em que as indústrias passaram a produzir em grande escala e necessitavam de uma maior mão de obra. Portanto, percebe-se que o trabalho feminino foi aceito devido a precisão, visto que as mulheres bem vistas pela sociedade estavam em suas casas cuidando dos afazeres domésticos e da família. Essa ambiguidade social sobre o lugar da mulher levou a figura  feminina ao tabu das profissões, onde as mulheres que decidem libertar-se do destino doméstico só são bem aceitas em profissões que se restringe basicamente ao cuidar e ensinar, como professoras, manicures e cabeleireiras.       Mas, de acordo com o Ministério do Trabalho, a participação das mulheres no mercado de trabalho têm, cada vez mais, ganhado espaço nos últimos anos. Isso demonstra que as mulheres não desistiram de exercer suas profissões e têm lutado para manter-se no mercado, mesmo enfrentando diversos empecilhos, como ter que escolher entre ter filhos ou trabalhar. Diante de escolhas como essa, é notório que um lado restringe o outro, pois muitas vezes, se a mulher resolver ter filhos ela não conseguirá apoio dos seus chefes para ser mantida no seu emprego.        Portanto, o apoio a atuação da mulher no trabalho ainda tem que evoluir muito, para chegar ao dia dela ter o apoio necessário e não está sempre precisando abdicar de um lado da vida. Para isso, o Governo deve atuar desde a educação básica, instruindo a formação de uma população que incentiva e respeita o lugar da mulher no trabalho, a partir de aulas de cidadania que expliquem o direito da mulher e a história da luta feminina dentro do mercado de trabalho. Além disso, deve ser incentivado nas redes sociais a conversa familiar com as meninas, a partir de páginas e publicações, para que cresçam empoderadas e não desistam de impor-se onde almejam chegar, aprendendo a driblar o destino já predestinado que as mulheres têm de sempre casar e ter filhos.