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Enviada em: 23/07/2019

Os movimentos feministas, no século XIX, obtiveram muitas conquistas, entre elas, o aumento do número de mulheres no mercado de trabalho, que já estava em ascensão desde a Revolução Industrial. Em virtude disso, no contexto contemporâneo brasileiro, a presença feminina representava quase 45% do mercado formal em 2016, segundo dados do Ministério do Trabalho. Contudo, apesar de cada vez mais inseridas, as mulheres ainda enfrentam muitos desafios no mercado de trabalho, sobretudo de caracteres econômicos e sociais.    Primeiramente, é notório que as heranças patriarcais da Revolução Industrial ainda se manifestem atualmente, principalmente em relação à diferença salarial entre homens e mulheres. Desde o século retrasado, as mulheres são mal remuneradas pela sua condição de sexo feminino, e dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relevam que na contemporaneidade, homens ainda recebem cerca de 20% a mais que as mulheres, mesmo exercendo muitas vezes, as mesmas funções. Exemplo disso é a jogadora de futebol Marta, que apesar de ser eleita a melhor jogadora de futebol do mundo por 6 vezes, recebe menos de 1% do rendimento anual do jogador Neymar. Nesse sentido, a desigualdade salarial é um desafio que as mulheres enfrentam no mercado de trabalho.      Contudo, a disparidade dos salários não é a única adversidade com que as mulheres se deparam no mercado de produção, elas também são violentadas no local de trabalho através de assédios sexuais. Os assédios muitas vezes são praticados por um superior hierárquico da vítima, que visa obter favor sexual em troca de melhores condições de trabalho, melhoria de salário, chegando até ameaçar o emprego da vítima. Uma pesquisa do instituto Datafolha mostra que 42% das mulheres já sofreram assédio sexual, sendo 15% deste número no ambiente de trabalho. Esse tipo de violência ofende a intimidade, a dignidade e a imagem da mulher, que passa ser objetificada. Assim, assédios nos locais de trabalho são problemas enfrentados pelas mulheres no ramo profissional.    Dessa forma, a modo de combater os desafios enfrentados pelas mulheres brasileiras no mercado de trabalho, deputados através do poder legislativo poderiam elaborar uma lei que proíba os empregadores de oferecer salários diferentes para a mesma ocupação, a fim de promover uma isonomia salarial entre os gêneros. Para isso, o Ministério Público poderia criar um departamento responsável por fiscalizar se de fato as corporações estarão acatando a lei, além de disponibilizar um canal de denuncias para aqueles que transgredirem o código penal. O Ministério do Trabalho também poderia investir na publicidade do canal de denúncias online já existente, como em anúncios no YouTube, para que assim, mais mulheres saibam como denunciar assédios, e os agressores, punidos.