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Enviada em: 13/08/2019

Após o genocídio de 1994 em Ruanda, 70% da população passou a ser feminina, em decorrência disso muitas ocuparam cargos que antes eram somente para homens, fato que mudou a forma como as mesmas eram vistas no mercado de trabalho do país. No Brasil, no entanto, ainda são inúmeras as dificuldades enfrentadas pelas mulheres na questão trabalhista, tal fato é corroborado frente, entre outros fatores, a discriminação do papel materno, e também o pensamento ultrapassado de superioridade masculina.      Primordialmente, cabe ressaltar a visão equivocada que a sociedade tem de uma mulher que é mãe. Inegavelmente, em sua busca por emprego as mulheres se deparam com obstáculos que não são encontrados pelos homens, essa óptica é intimamente ligada ao julgamento de que a função feminina  é realizar afazeres domésticos e cuidar dos filhos, enquanto o homem é o provedor da casa, além dos custos carregados também por licenças maternidades. Na Islândia, foi imposta a empregabilidade igualitária obrigatória, que proíbe desníveis elevados entre empregados de cada gênero nas empresas, a fim de atenuar as desigualdades. Nada obstante, a população brasileira ainda sofre com defasagens nesse contexto.      Em uma segunda análise, vale destacar outro fator que difama a imagem feminina: a sua associação à fragilidade. Indubitavelmente, serviços como de policial, bombeiro, mecânico, dentre outros, dificilmente são agregados às mulheres, essa afirmação se confirma quando ao pesquisar tais profissões conjugadas no feminino em plataformas de pesquisa as imagens referentes são de fantasias sexuais e não de profissionais da área, caso que se difere ao conjugar as mesmas no masculino. Logo, isso se torna uma evidência do pensamento obsoleto, o qual julga a mulher como incapaz de exercer cargos que exija a utilização de força física.      Portanto, diante o exposto medidas são necessárias no intuito de solucionar as desigualdades de gênero enfrentadas nessa questão. Logo, cabe ao Poder Legislativo, se opor as injustiças sociais, por meio da criação de leis —como a da empregabilidade igualitária obrigatória—, que visem tornar o Brasil, um país melhor para as mulheres. Ademais, a mídia deve assumir o mesmo papel, criando campanhas por intermédio de seus protagonistas —redes sociais, revistas, canais de YouTube, televisão, e demais meios—, haja vista suas influências sobre os indivíduos, com o propósito de reverter a imagem que a sociedade tem da mulher. Com tais implantações, o impasse poderá ser uma mazela passada na história brasileira.