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Enviada em: 16/08/2019

É indubitável que a presença das mulheres brasileiras no mercado de trabalho ainda é muito recente. Isso pode ser comprovado ao analisar o fato histórico de que a primeira mulher brasileira a completar o ensino superior só ocorreu no ano de 1880, no estado da Bahia. A consequência disso, revela um grande atraso da profissionalização feminina em comparação à masculina, e isso resulta em uma grande desigualdade no ambiente de trabalho.     Mormente, vale salientar que existe, ainda, a diferença social entre mulheres brancas e negras no mercado de trabalho. Por volta dos anos de 1960 e 1970, movimentos feministas ocorreram no Brasil, onde mulheres brancas lutavam por seus direitos de terem maior participação política e de terem seus salários iguais aos dos homens, enquanto as negras, lutavam apenas para terem seu trabalho assalariado e com condições adequadas, já que, infelizmente, desde os séculos anteriores, elas foram vítimas da escravidão.   Outrossim, é importante relatar que o primeiro banheiro feminino no Senado Brasileiro, só foi construído no ano de 2015. Isso mostra que apenas à 4 anos as mulheres começaram a frequentar esse tipo de ambiente. Além disso, é preciso salientar que menos de 10% das mulheres brasileiras encontram-se na gerência de grandes empresas nacionais e internacionais, comprovando a grande desigualdade no ambiente de trabalho em relação aos homens. Ainda, cabe relatar, que inúmeras mulheres ainda são relacionadas ao trabalho doméstico e à maternidade, onde apenas elas são as responsáveis dos afazeres domésticos, que não são valorizados pela sociedade. A consequência disso é a maior dificuldade de conseguirem adentrar, permanecer e de terem sucesso no marcado de trabalho, já que a maior parte do tempo estão sobrecarregadas de inúmeras responsabilidades, sendo elas domésticas ou não.   Portanto, é preciso que medidas sejam tomadas para que os fatos já supracitados sejam atenuados. Cabe ao estado, como gestor dos interesses coletivos, contribuir com medidas políticas e trabalhistas eficazes que possam garantir com que a grande porção das trabalhadoras femininas tenham as mesmas oportunidades que os tranalhadores masculinos. Por meio de leis, deverá ser garantido que homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo recebam salários iguais, indenizações para aquelas que se tornam gestantes e , também, incentivo feminino para a ocupação de cargos políticos. Além disso, é interessante que campanhas midiáticas sejam realizadas em horários nobres, com a finalidade de conscientizar as famílias brasileiras da importância da valorização das mulheres em ambiente doméstico, diminuindo, dessa forma, o número de trabalhadoras sobrecarregadas no mercado.