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Enviada em: 15/10/2019

Na música ''The Man'' de Taylor Swift, a cantora declama em seus versos: ''Estou cansada de correr o mais rápido que consigo, imaginando se eu chegaria mais facilmente se eu fosse um homem''. Embora, a pop star seja americana, as injustiças retratadas em suas letras são relacionáveis para as mulheres inseridas no mercado de trabalho brasileiro, que enfrentam não só dupla jornada, como também disparidade salarial. Primeiramente, é crucial analisar que apesar do crescimento na quantidade de cidadãs exercendo algum trabalho formal, elas ainda precisam realizar funções exaustivas dentro de casa. Por conseguinte, dados do estudo Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça que afirmam que mulheres trabalham 7,5 horas a mais que homens não surpreendem ninguém. Com esse dado em vista, é pueril afirmar que a igualdade entre sexos no mercado de trabalho é plena. Outrossim, é importante salientar, além da divisão desigual de tarefas domésticas, a disparidade salarial. Segundo um levantamento de 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, pessoas do gênero feminino entre 40 e 49 anos recebem 75% da remuneração de seus colegas homens. Assim sendo, é possível constatar que, a despeito da Lei da Equiparação Salarial, a desigualdade persiste no país. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Primordialmente, é necessário que o Ministério do Trabalho, por meio fiscalizações semestrais conduzidas por intendentes da área, multe e corrija empresas que não gratifiquem igualitariamente seus empregados por conta de gênero, com o fito de atenuar discrepância dos entre pagamentos trabalhadores. Ademais, urge que o Ministério da Cultura conscientize a população sobre a importância da divisão de tarefas domésticas, por meio de programas transmitidos na televisão aberta em horário nobre. Destarte, os problemas relacionados ao tema serão minimizados, e a canção da norte-americana se tornará obsoleta.