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Enviada em: 10/04/2017

É consenso em meio às sociedades sociopolíticas atuais os desafios envolvendo as doenças mentais. Segundo dados da OMS - Organização Mundial de Saúde, as doenças de cunho mental representam 13% do total de todas as patologias atuais. Desse modo, para que haja uma melhora no atendimento de portadores de doenças mentais se faz necessário uma maior atuação do Estado. Hodiernamente no Brasil, os investimentos mostram-se insuficientes para a atual demanda, além do estigma social, fazendo com que os portadores de algum transtorno mental sintam-se reprimidos a procurar apoio e tratamento.               Com efeito, ao longo dos últimos anos, a depressão tem mostrado-se um dos transtornos mentais mais recorrentes, inclusive tendo sido considerada o mal do século XXI. A OMS estima que a doença acomete cerca de 322 milhões de pessoas em todo o globo e 75% dos diagnosticados com a doença não recebem tratamento adequado, devido a uma série de variáveis. No Brasil não obstante exista a Política Nacional da Saúde Mental criada em 2001 - que dispõe sobre os direitos das pessoas portadoras de alguma doença mental, a falta de investimentos em profissionais e centros de saúde especializados tornam-se um fator limitante para a atenuação e desse tipo de transtorno.            Outrossim, é válido salientar que no Brasil as doenças mentais são a terceira causa mais corriqueira de afastamento do trabalho, de acordo com levantamento da Previdência Social. A falta de condições laborais, pressão constante e o assédio moral são fatores que predispõem crises de ansiedade, sensação de aflição, preocupação exacerbada, dentre outros transtornos.  Muitas pessoas por falta de informação ou até mesmo por preconceito acabam considerando os transtornos mentais como um ''estado emocional'' e dessa forma não dão a devida importância ao problema.         Destarte, é fato que no Brasil são necessários debates acerca das doenças mentais, principalmente no que tange a ampliação de investimentos estatais na área da saúde. Para esse fim, cabe ao governo ampliar o número de profissionais no setor público, como por exemplo, psicólogos e psiquiatras, tornando acessível para a população o acesso a esses profissionais. O Estado em parceria com a iniciativa privada deve construir políticas que avaliem os principais setores e pessoas pertencentes a grupos de risco ao desenvolvimento de doenças mentais oriundas do trabalho. Compete ao Judiciário a criação de punições severas para empregadores que propiciam ambientes de trabalho geradores de distúrbios mentais. A esfera educacional deve promover campanhas e debates com a comunidade, alertando sobre a importância do incentivo ao diagnóstico e tratamento de doenças de caráter mental, desenvolvendo uma cultura que restrinja a discriminação e a exclusão social. ã ância do tratamento