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Enviada em: 06/04/2017

A doença mental é compreendida como um comprometimento de ordem psicológica e/ou mental. Por afetar fortemente a vida da  pessoa transtornada e  de seus companheiros, é necessário continuar debatendo acerca do tema, com a finalidade de tentar reduzir seus casos e o amplo preconceito ainda existente por parte da sociedade.         Ao longo da história, as pessoas com transtornos mentais foram sendo chamadas de "loucas". Através do seu comportamento agressivo, mostraram ser perigosas e acabaram sendo excluídas da sociedade por não possuírem o padrão considerado "normal" e para evitar a "perturbação" da ordem. Essa condição de "anormalidade" prejudicou amplamente a população com o transtorno, uma vez que suas oportunidades ficam reduzidas e sua convivência social totalmente prejudicada.      Por compreenderem que o isolamento dessas pessoas seria a melhor forma de tratá-las, os profissionais da saúde acabaram acorrentando e prendendo as mesmas em celas fortes. Entretanto, vários óbitos foram ocorrendo e os profissionais brasileiros, por exemplo, perceberam que aquele tipo de "cura" não era o mais adequado para aquela situação. Diante disso, começaram a promover mobilizações em busca de mudar o tratamento.       Isso gerou a Reforma Psiquiátrica e, com ela, a promulgação da Lei 10.216, a qual procurou redirecionar o modelo assistencial de saúde mental. A fim de estabelecer o respeito à dignidade dos doentes, até mesmo a forma de direcionamento a eles foi alterada, deixando de serem os "psicopatas" e passando para "pessoas com transtornos mentais". Outra forma de atenção dada aos mesmos foi a criação de serviços substitutos ao hospital psiquiátrico, a exemplo do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e de residências terapêuticas.           Dado o exposto, pode-se dizer que os debates acerca das doenças mentais devem continuar. Para isso é preciso que campanhas e projetos sociais sejam realizados por escolas e outras instituições, a fim de eliminar alguns preconceitos ainda existentes contra as pessoas que possuem transtornos e, também, incentivar cada vez mais a sua inclusão no meio social. Além disso, é de extrema importância que o Ministério da Saúde, juntamente ao governo em geral, procure fiscalizar os órgãos que realizam os tratamentos com doentes mentais para analisarem se tudo está ocorrendo de forma correta, se não está havendo algum tipo de discriminação com os mesmos e se sua dignidade está sendo priorizada e devidamente respeitada.