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Enviada em: 07/04/2017

Depressivas. Ansiosas. Transtornadas. Assim são encontradas milhares de pessoas no século XXI. Doenças mentais são cada vez mais comuns e tendem a aumentar. É inegável que, a competitividade da vida moderna e os tabus a respeito dos problemas psicológicos contribuem para tal problemática, surgindo a necessidade de debatê-la.    Há relatos de doenças mentais em gerações passadas, presentes na literatura, como na obra machadiana "O Alienista", no entanto, a rotina de trabalho, estudo e, excessos de informações podem contribuir para o aumento da incidência de problemas psicológicos na contemporaneidade, pois são cada vez mais recorrentes. A pressão da sociedade competitiva também representa outro fator.    A comunidade ainda não está preparada para dar o devido apoio as pessoas portadoras dessas doenças, estas sofrem com a discriminação e têm dificuldade em integrar-se no mercado de trabalho, por exemplo. Segundo Adriano Resende, psiquiatra da UNIFESP, é preciso saber diferenciar um momento de tristeza de uma depressão, todavia, doenças como esta não podem ser negligenciadas e devem ser tratadas assim como uma doença metabólica, corroborando a ideia de que doenças psicológicas são tão graves quanto outros tipos de doenças, como uma diabetes.    Deste modo, evidencia-se que a vida moderna e os paradigmas existentes a repeito das doenças psicológicas, fazem surgir a necessidade de debater sobre o tema. O Ministério da Saúde, deve fornecer mais recursos para os Centros de Atenção Psicossocial, tornando-o mais abrangente e eficaz. A mídia deve investir em campanhas mostrando a importância de buscar ajuda para erradicar a cultura do silêncio, a qual as pessoas têm receio de mostrar seus sentimentos e guardam para si momentos de estresse, alimentando uma doença mental. Dessa maneira, podemos dar voz aos calados e ajudá-los a encontrar um caminho para a cura.