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Enviada em: 09/04/2017

Sabe-se que, culturalmente, os indivíduos portadores de doenças mentais são alvos de grande aversão e preconceito. Porém, com a chegada do período pós-moderno, o contraste ideológico entre a liberdade e a incompreensão com o diferente, bem como a negligência no tratamento dos pacientes, servem de agravantes para a segregação dos que apresentam algum transtorno mental.    Atualmente, é possível perceber que as atitudes manifestadas no cotidiano são contrárias às ideologias de liberdade e igualdade, pregadas pela sociedade. Com isso, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) lançou, em 2011, "A Sociedade Contra o Preconceito", uma campanha que torna a psicofobia um crime e visa diminuir os estigmas relacionados aos doentes mentais, bem como e incompreensão com os julgados fora dos padrões sociais.    Outro fator importante é a precariedade no tratamento das doenças mentais, um reflexo da política pública em que os pacientes eram submetidos a tratamentos desumanos em manicômios, ainda na década de 1980. Nos dias de hoje, a ineficiência da infraestrutura do Sistema Único de Saúde (SUS) é demonstrada a partir da negligência na quantidade de unidades especializadas em saúde mental no país, no ineficaz auxílio ao convívio entre pacientes e familiares e na falta de atendimento humanizado.    Com isso, é necessária a tomada de medidas por meio do Ministério da Educação (MEC) em prol da conscientização sobre os transtornos mentais e que estes não definem os indivíduos, através de projetos interativos nas escolas e universidades do país. Além disso, o Ministério da Saúde (MS) deve agir em conjunto com os profissionais da área para implementar leitos e enfermarias psiquiátricas em hospitais gerais, atendimento humanizado com acompanhamento multiprofissional, bem como a integração das famílias no tratamento. Dessa forma, a melhoria será progressivamente eficaz.