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Enviada em: 08/04/2017

Doenças mentais: tratamento e empatia   Em "Vila Sésamo", desenho animado exibido pela TV Cultura, Júlia é a personagem autista que entrou, recentemente, para o programa infantil, com vistas à representatividade da população pertencente a esse grupo. A despeito de atos como esse, o debate acerca das doenças mentais é, ainda, incipiente, no Brasil, e deve ocorrer com mais frequência, a fim de se evitar agravamento das mazelas.   Carregar consigo distúrbios mentais é, por si só, uma tarefa árdua e destrutiva, mas somar a isso a ausência de tratamento é aprofundar, de maneira imensurável, o sofrimento dos indivíduos afetados. Por isso, o fornecimento de informações sobre doenças dessa vertente é de suma importância, já que pode impedir, pelo menos, alguns dos 650 mil suicídios por ano, devido a esse tipo de enfermidade.   Ademais, a falta de tato dos outros cidadãos, com relação aos indivíduos mentalmente disfuncionais, dificulta a inclusão social desses últimos e, por conseguinte, leva-os à marginalização. Devido a situações como essas, Sá de Miranda, poeta português, acreditava que só se empreende empatia quando há entendimento do panorama alheio. Assim, disseminar as discussões acerca do tema influenciará, de forma positiva, nas relações interpessoais do doente.   Em suma, para que haja maior conscientização de toda a sociedade, faz-se necessário que o Ministério da Saúde invista na disseminação de panfletos e propagandas televisivas que abordem a maneira correta de lidar com esses seres humanos. Além disso, o Ministério da Educação deve promover oficinas, aos fins de semana, nas instituições de ensino, com o intuito de integrar os alunos doentes com os demais. Por fim, o poder legislativo pode instituir uma emenda constitucional que privilegie, financeiramente, as empresas cujos desenhos infantis incluírem deficientes mentais. Com essas medidas, formar-se-á uma nação mais empática e menos excludente.