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Enviada em: 14/04/2017

Doença, frescura ou modismo?   As doenças mentais estão se tornando cada vez mais frequentes no cotidiano, e o aumento considerável de casos nas mais variadas formas, idades e classes, é sinal de alerta e reflexão para o que pode estar por vir. É preocupante que ainda haja falta de conhecimento e aceitação por parte de pacientes e familiares, como também de estrutura e atenção nas Unidades  de Saúde. A falta de preparo de todos os envolvidos para lidar com a situação, é algo que deve ser discutido com urgência.      Mesmo estando em evidência constante, as doenças mentais não são tratadas com a importância  e atenção que merecem. É possível perceber que elas ainda podem ser vistas como frescura e até mesmo modismo. Por falta de conhecimento, pacientes se recusam a aceitar a doença, compartilhar o sentimento e procurar ajuda especializada. Acreditam que assumir o que sentem, fará com que pensem que ele é louco, esteja dramatizando algo, e até mesmo que não haja justificativa para tal sentimento. Apesar da grande visibilidade que a maioria das doenças mentais tem atualmente, ainda falta agilidade, esclarecimento e compreensão por parte dos envolvidos.       Após a dificuldade de aceitar e compartilhar a doença, de encontrar apoio, o paciente ainda passará por mais adversidades. Ele ainda poderá enfrentar, a demora no atendimento especializado, a falta de atendimento correto e o principal, a indiferença com que alguns profissionais tratam a doença. Por ser um problema relativamente novo, as Unidades de Saúde não possuem estrutura específica para isso. Geralmente é necessário passar por diversas especialidades, triagem, assistente social, clínico geral, para então ser encaminhado ao Psicólogo ou Psiquiatra, dependendo do caso. Isso tudo leva tempo, muito tempo, e nas doenças mentais, a demora pode ser um agravante, até fatal.     Quando finalmente o paciente chega ao destino que julgaria ser o final, que lhe traria a solução, ele ainda pode enfrentar a falta de conhecimento do profissional e até mesmo de sensibilidade para lidar com alguém que já está no seu limite. E isso, hoje em dia, independe de classe social, rede pública ou privada. A ausência das coisas que seriam fundamentais é geral.    Por tanto, é fundamental debates constantes, esclarecimento e orientação sobre cada etapa que o paciente enfrentará, sobre as formas e os tratamentos das doenças. Assim como é necessário investimento e incentivo por parte dos Governos, para que se tenha profissionais adequados e capacitados, além de estruturas específicas para receber esses pacientes, sendo eles temporários ou não. E não menos importante, é essencial um pouco mais de compaixão com algo tão sério!