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Enviada em: 13/04/2017

Schopenhauer, no século XIX, afirmava que a felicidade era irreal, e por isso os indivíduos tenderiam à procura permanente pela satisfação pessoal. Não obstante, hoje, esse pensamento permeia inconscientemente as relações sociais, atingindo principalmente os jovens. Dessa forma, a liquidez das relações se junta à coerção e à pressão da sociedade imediatista sobre os jovens, desencadeando uma série de problemas mentais.      Em primeiro lugar, vale ressaltar a fragilidade dos laços sociais como um dos fatores que vem aumentando os índices de depressão. Zygmunt Bauman, em seu livro Modernidade Líquida, apresentou o conceito de liquidez das relações sociais, informando que devido a inconsistência do mundo contemporâneo os indivíduos se tornariam inseguros. Por esse motivo, a juventude tende a amenizar essa insegurança através da procura por aceitação nos grupos sociais. No entanto, quando isso não ocorre, por muitas vezes a depressão e o isolamento vêm para preencher o espaço deixado por esses mesmos grupos.     Outro causador é a pressão quase que natural da sociedade. Essa se dá por meio da coercitividade de Durkheim na vida dos brasileiros, na qual as novas gerações são encarregadas pelo futuro da nação.É comum ver nas redes sociais a propagação de uma ideia de que a juventude do século XXI é inerente e fraca, por meio de esteriótipos como " juventude perdida e alienada". Sem dúvidas, os jovens são responsáveis pelo futuro, mas essa construção adulto-jovem por intermédio da coerção acaba permeando um sentimento de solidão e abandono nas novas gerações.   Fica claro, portanto, que as doenças mentais envolvem, principalmente, aspectos sociológicos da relação individuo e sociedade. Por isso, é imprescindível o apoio governamental e midiático. Por meio da utilização de propagandas e palestras que demostrem a real situação das doenças mentais.Ademais, cabe à escola incentivar o contado entre os alunos  através de debates e grupos de apoio com psicólogos.