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Enviada em: 16/04/2017

Ao longo da trajetória da história da loucura no Brasil, o processo de assistência ao portador de transtornos mentais foi-se alterando, tendo como marco principal a Reforma Psiquiátrica culminando a Lei nº 10.216, de 2001, que orienta sobre o novo modelo assistencial em saúde mental. Apesar de grandes mudanças ocorridas, ainda é frequente o preconceito sobre o portador de doença mental, como também a desvalorização desses transtornos que são muito presente na população. Mesmo que tenha sido realizado mudanças na prática do cuidado do doente mental, do manicômio a sua inclusão social, é nítido a existência do preconceito sobre ele, visto como ser anormal e temido. Isso ocorre por as mudanças de paradigmas do modo de ver da sociedade sobre as doenças mentais não terem ocorrido na mesma intensidade que as alterações na assistência.  É sabido a dificuldade do doente mental aceitar tal situação e procurar ajuda, logo a família, amigos e profissionais de saúde desempenham papel primordial em identificar as mudanças de comportamento e sintomas, buscando tratamento adequado para o doente. Porém a falta de conhecimento da sociedade sobre a gravidade do problema leva a ignorarem tais sinais no inicio, por conseguinte o portador de transtornos mentais só recebe tratamento tardiamente, o que em muito dos casos é menos efetivo. Ainda que exista um novo modelo assistencial, um novo modo de pensar sobre a saúde mental é pequeno o número de pessoas que estão dispostas a desenvolverem esse cuidar. É imprescindível que haja mudança global na forma de pensar de toda sociedade, quebrando o estigma, desempenhando papel de multiplicador de conhecimento e transformações a cerca da temática. Para isso é primordial que ocorra frequentemente congressos, debates, grupos de discussões, fóruns e projetos educativos em saúde mental, envolvendo toda sociedade para quebra do preconceito e forma de pensar, sendo de responsabilidade tais projetos das próprias instituições de saúde e ensino, das universidades de apoio e profissionais de saúde. É necessário também, apoio financeiro em todas as esferas de governo, pra melhoria das estruturas físicas e recursos materias das instituições de tratamento, investimento em transporte do doente de casa/instituição/casa para melhoria do acesso e maior qualidade de assistência.