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Enviada em: 16/04/2017

Depressão, distúrbio de ansiedade, pânico, transtorno bipolar e esquizofrenia são exemplos de doenças mentais que atingem mais de 400 milhões de pessoas no planeta, segundo a Organização Mundial de Saúde. Com o advento da indústria farmacêutica, os avanços em pesquisas no campo da medicina e, principalmente, a necessidade de integrar essas pessoas à sociedade, o debate sobre as doenças mentais torna-se primordial, o qual deve contar com a parceria do poder legislativo, Ministério da Saúde, ONGs e a família.         A discussão acerca das doenças mentais, muitas vezes banalizadas em sites da internet e rodas de amigos é importantíssima, pois envolve cerca de 23 milhões de brasileiros, segundo dados da OMS. No Brasil, existe a Lei Paulo Delgado que dispõe sobre as medidas protetivas e direitos dos portadores de transtorno. Contudo, a legislação deve ser aprimorada no sentido de estabelecer ações efetivas de acolhimento e cuidados médicos aos pacientes economicamente desfavorecidos, principalmente. Basta atentarmos quanto ao número significativo de moradores de rua com transtornos mentais que estão desassistidos pelo estado.         Desde meados dos anos 2000 iniciou-se o processo de desativação de hospitais destinados aos pacientes com problemas mentais graves. Neste caso, o Ministério da Saúde juntamente com o Conselho Federal de Medicina optaram por "transferir" o tratamento desses pacientes ao ambiente familiar. Por outro lado, os médicos intensificaram a atenção para os transtornos brandos ou médios que atingem pacientes na esfera familiar ou no trabalho. Neste caso, o médico deve atentar-se ao paciente com um olhar mais humanístico, buscando compreender as suas limitações e indicando a  medicação adequada e terapias alternativas que possam reduzir o sofrimento dessa pessoa.            A família é a mais atingida pelas doenças mentais. O desempregado, problemas com drogas, alcoolismo e questões emocionais podem culminar em depressão e ansiedade. Pais e filhos ficam reféns desses transtornos que geram muito sofrimento. Nestes casos, o paciente deve ser convencido a buscar ajuda médica e a realizar o tratamento com medicamentos e terapias de acordo com a indicação do profissional. Carinho e amor também são importantes e devem vir do seio familiar.        A temática de intervenção sobre doenças mentais pode ser pensada, por exemplo, na esfera das ONGs. Estas organizações podem orientar os pacientes quanto aos seus direitos, medidas protetivas, locais de aquisição de medicamento e postos de atendimentos médicos. Além disso, as ONGs podem ajudar no aspecto de ressocialização com terapias alternativas, dinâmicas de grupo e propor junto ao poder legislativo, o aprimoramento de leis que auxiliem os pacientes e seus familiares.