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Enviada em: 13/06/2017

Ao longo da história da loucura, as pessoas com transtornos mentais eram qualificadas como "perigosas", "doentes", "anormais" ou "especiais". Várias eram e ainda são as concepções atribuídas a essas pessoas, o que concorre para a produção de pensamentos ambíguos em relação à temática. A banalização das relações humanas construídas ao longo da consolidação do capitalismo moderno atua como um catalisador do aparecimento de psicopatologias, modificando a concepção contemporânea de saúde pública.  Na própria trajetória acerca da história da loucura, nota-se que a sociedade utilizou diversas denominações para o fenômeno em questão, conforme as necessidades e os interesses dos membros das classes dominantes, fazendo com que o termo "loucura" e "louco" fossem adquirindo conotações divergentes com o passar dos anos. A priori, é fundamental pontuar que a intensificação da ocorrência de agravos mentais é um fator histórico e conjuntural.   O atual padrão de vida pautado na busca incansável por uma melhor colocação no mercado de trabalho e promoção pessoal propicia à população um ideal nunca alcançável. Por conseguinte, transtornos de ansiedade, distúrbios de pânico e depressão fazem-se presentes em um extrato social significativo, como ilustra os dados da Organização Mundial da Saúde, que mostram que, somente no Brasil, aproximadamente 20 milhões sofrem com tais disfunções, exemplificando a desarticulação entre integridade do trabalhador e as atividades exercidas.  Portanto, a  fim de que essa situação seja revertida, o Executivo Federal, por meio do Ministério da Saúde, deve criar núcleos de atenção psicológica primária, fornecendo profissionais qualificados e estimulando um tratamento baseado na comunicação entre pacientes diagnosticado com quadro semelhantes, favorecendo a desconstrução da ideia de superficialidade de relações.