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Enviada em: 29/04/2017

De acordo com Émile Durkheim, sociólogo francês, o suicídio pode ser atribuído a níveis excessivamente altos ou baixos de interação social. Porém, embora definido sob a perspectiva social, o suicídio apresenta aspectos patológicos determinantes, como a depressão. No entanto, devido à complexidade, esse assunto ainda é tratado como tabu entre a população brasileira, cujo efeito é a banalização do sofrimento psíquico.  A depressão ocorre devido a alteração de neurotransmissores que produzem serotonina e adrenalina, hormônios responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar do ser humano. Apesar da comprovação cientifica, uma parcela da população ainda reproduz uma visão preconceituosa sobre esse transtorno associando-o com aquilo que popularmente é conhecido como preguiça. Esse preconceito está relacionado com à falta de informação sobre o assunto, pois à depressão é reconhecida mundialmente como doença mental e principal fator que desencadeia o suicídio.  Além disso, cabe enfatizar que, o tabu construído em torno da discussão sobre o suicídio desdenha aqueles que através de sinais demonstra a possibilidade de consolidar o ato de tirar a própria vida. Em busca de ajuda, a pessoa já esgotada emocionalmente mostra para os que estão a sua volta, através de atitudes, seu crescente desejo pela morte. Entretanto, pela falta de conhecimento, muitos caracterizam essa atitude como um modo de chamar a atenção, banalizando assim possíveis consequências dos sinais apresentados. Torna-se evidente, portanto, que a complexidade das doenças psiquiátricas aliada a falta de informação tem como consequência o preconceito e inibe a procura de ajuda especializada. Desse modo, cabe ao Ministério da Saúde conscientizar a população que as doenças mentais não são invenções, que existe tratamento e a busca por ajuda é vital para que o suicídio seja evitado. Essa conscientização deve ocorrer com a criação de programas que levem a informação através de palestras em escolas, mídias sociais, assim como deve-se usar os canais de televisão aberta, buscando atingir todas as faixas etárias e sociais. Apenas dessa forma é possível acabar com esse preconceito que permeia o Brasil e assim evitar possíveis tragédias.